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Publicado em: 11 setembro 2023 às 20:38 | Atualizado em: 11 setembro 2023 às 20:42

A crise hídrica em São Raimundo Nonato: População desesperada por água potável

Prefeita diz que a crise no abastecimento é resultado de má gestão da Agespisa – Foto: Reprodução

A cidade de São Raimundo Nonato, no extremo Sul do Piauí, enfrenta uma grave crise no abastecimento de água, deixando aproximadamente 40 mil habitantes sem acesso ao líquido vital. Estaria faltando água até mesmo para o consumo humano no município.

A situação chegou a um ponto crítico e foi parar nos tribunais. A prefeita Carmelita Castro atribui a responsabilidade por essa crise à Agência de Águas e Esgotos do Piauí – AGESPISA. A prefeita acusa a agência de inoperância, má gestão.

Segundo a Carmelita Castro, São Raimundo Nonato possui um extenso lençol freático que deveria ser capaz de suprir as necessidades hídricas da cidade através de três poços. Além disso, a região dispõe da barragem do Garrincho, um reservatório que atende não apenas a São Raimundo, mas também a outras cidades vizinhas. No entanto, a questão central aqui é que a população, especialmente os mais carentes, não pode suportar as consequências desse jogo de empurra-empurra entre a Prefeitura e a Agespisa.

Para a prefeita, a situação decorre de uma má administração, onde uma simples quebra de uma bomba de abastecimento de água deixa a cidade inteira sem esse recurso essencial. Quando o fornecimento é retomado, a pressão é tão intensa que causa rupturas na tubulação, resultando em vazamentos por diversos pontos da cidade.

Além disso, Carmelita Castro enfatizou a necessidade de uma revisão completa da infraestrutura de tubulação da cidade por parte da Agespisa. Isso a fim de identificar e solucionar esses problemas recorrentes.

A Prefeitura, para atender à demanda urgente da população por água, teve que recorrer à utilização de 10 caminhões-pipa, embora esta não seja a solução ideal para a crise. No entanto, é o que está ao alcance das autoridades locais diante da gravidade da situação.

Esta é uma cena cada vez mais comum em São Raimundo Nonato – Foto: Reprodução

Mesmo assim a população em geral sobre com a falta de água para cozinhar e sobretudo, para lavar as louças. Resultado: pratos, talheres, xícaras, panelas se acumulam na pia a espera da carro pipa. A mesma situação se aplica as roupas da população. As trouxas de roupa também ficam empilhadas a espera de água.

Pilhas de roupa suja se acumulam pelos cantos a espera de água – Foto: Reprodução

Em resposta, a Agespisa informou que está ciente da questão e tem trabalhado desde o dia do blecaute de energia, ocorrido em 15 de agosto, para resolver a falta de água. A agência afirma que há previsão de normalização no fornecimento de água ainda no início desta semana. Contudo, resta esperar e torcer para que a população de São Raimundo Nonato recupere o acesso ao recurso tão essencial de maneira confiável e sustentável.

O que a comunidade são-raimundense realmente almeja é algo simples, mas de extrema importância: água nas torneiras, e água de qualidade. O sofrimento causado pela falta de acesso a esse recurso básico não pode ser ignorado.

Redação Move Notícias