Por Wagner Albuquerque com informações da Folha de São Paulo
Em um mundo cada vez mais conectado, os aplicativos de mensagens, como o Whatsapp, tornaram-se indispensáveis para a maioria da população. Com uma ampla variedade de opções, os usuários movem suas conversas entre diferentes aplicativos com base na popularidade e nas funcionalidades oferecidas.
De acordo com um levantamento da Similarweb, a liderança desse mercado está nas mãos da Meta, empresa proprietária do WhatsApp e do Messenger. O WhatsApp reina absolutamente como o aplicativo mais popular, destacando-se como número um em pelo menos 61 países, incluindo o Brasil.
No Brasil, o uso do WhatsApp é ainda mais significativo, já que mais de 80% da população utiliza o sistema operacional Android.
Enquanto isso, o Facebook Messenger é popular em países como Canadá, Austrália e Estados Unidos. Apesar da hegemonia do WhatsApp, outros aplicativos não estão obsoletos. O serviço russo Telegram é bastante utilizado em dez países, incluindo Ucrânia e Cazaquistão. O Viber é popular em países do Leste Europeu, e o WeChat é amplamente utilizado na China. O Signal, que prioriza a segurança das conversas, não domina em nenhum país, mas tem sua parcela de usuários.
Entender o funcionamento desses dados implica compreender como cada plataforma ocupa um espaço único na vida dos usuários. Enquanto o WhatsApp tem uma funcionalidade cotidiana, conectando amigos, famílias e empresas, o Telegram e o Discord se concentram na busca por interesses comuns.
Mesmo com usos diferenciados, o crescimento de um aplicativo não necessariamente significa a diminuição do outro. Dados do Similarweb mostram que 1,2 bilhão de pessoas acessam diariamente o WhatsApp, enquanto o Facebook Messenger tem 404 milhões de usuários diários e o Telegram tem 196 milhões.
A crescente incursão do WhatsApp em novas funções, como pagamentos e reservas, sugere a tendência aos “super apps”, que abrangem diversas funcionalidades em uma única plataforma. Um exemplo desse modelo é o WeChat, que transcendeu sua função inicial de app de mensagens para se tornar um dos principais meios de pagamento na China.
Apesar da atratividade dessa ampliação de funções, a aceitação tem sido gradual no Brasil, com apenas 56,2 milhões de transações via WhatsApp em 2022, um número relativamente baixo em comparação às 163,3 bilhões de transações realizadas no país no mesmo ano, segundo a Febraban.