Por Douglas Ferreira
A Polícia Federal brasileira formalizou uma proposta de assistência ao governo equatoriano para lidar com a atual crise de violência no país. O documento apresenta seis medidas práticas para abordar a situação, incluindo a abertura de um escritório da Polícia Federal em Quito, a capital equatoriana, com pelo menos dois agentes designados. Outras iniciativas propostas envolvem o envio imediato de policiais federais para apoiar investigações, ações de inteligência e outras atividades relacionadas à segurança pública.
Além disso, a PF ofereceu cursos de treinamento em investigação, inteligência e análise financeira para desarticular organizações criminosas, destacando experiências bem-sucedidas em países como Paraguai e Bolívia. Equipes especializadas em inteligência, voltadas para a localização de fugitivos e investigações delicadas, foram disponibilizadas. A colaboração para identificação de criminosos brasileiros, independentemente de estarem detidos no Equador, também foi mencionada.
O documento enfatiza a possibilidade de utilizar o Centro de Cooperação Policial Internacional, situado no Rio de Janeiro, que já conta com um agente da Polícia Nacional do Equador desde outubro de 2023.
As propostas foram discutidas durante um encontro da Ameripol (Comunidade de Polícias da América), realizada na sexta-feira (12), que reúne instituições policiais de 16 países. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que também é o secretário-geral da Ameripol, participou do encontro, juntamente com representantes do Ministério das Relações Exteriores e da Assessoria Especial da Presidência da República do Brasil, além do vice-presidente da Interpol para as Américas, Valdecy Urquiza.