Por Douglas Ferreira
Finalmente, chega ao fim o ano mais violento e belicoso dos últimos tempos, marcado por uma quantidade alarmante de conflitos, intifadas e guerras ao redor do mundo. Nunca houve tantas mortes desta natureza desde os eventos da Segunda Grande Guerra.
Segundo as Nações Unidas, o mundo está ingressando em uma “nova era de conflito e violência”, caracterizada por uma letalidade até menor em comparação com o século 20, especialmente em sua primeira metade. Entretanto, a crescente exposição a essa violência abrange cada vez mais países, e os conflitos entre grupos dentro de um território tornam-se mais comuns do que entre Estados.
A contagem exata das vítimas torna-se desafiadora devido à extensão dos conflitos em praticamente todos os continentes. O último episódio sangrento ocorreu, esta semana, em Belgorod, território russo, resultando em 14 mortes, incluindo duas crianças. O Kremlin atribui a responsabilidade à Ucrânia e retaliou, no dia seguinte, de maneira cruel, resultando em mais 39 mortes. Neste sábado, 30 de dezembro, Moscou formalmente solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou a reunião, enquanto o Ministério da Defesa russo assegurou que o “ataque não ficará impune”. Segundo a Rússia o ataque em Belgorod, foi um dos mais letais para a população civil em território russo durante o conflito. Prometendo uma resposta, as autoridades russas relatam além dos mortos, incluindo crianças, e 108 feridos. Além disso, afirmam ter destruído 32 UAVs (drones) ucranianos em regiões russas.
A Ucrânia, por sua vez, continua contabilizando suas perdas após os intensos bombardeios do dia anterior, incluindo a capital, Kiev. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, lamentou a perda de 39 vidas e informou cerca de 100 pessoas feridas em todo o país devido aos ataques.
O clima de tensão entre os dois países persiste, enquanto a comunidade internacional aguarda a reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir os desdobramentos. É importante destacar que a Organização das Nações Unidas pouco ou não tem conseguindo para evitar os conflitos e guerras pelo mundo afora.