As serenas e mornas águas do Atlântico, ao longo do litoral piauiense, têm gerado apreensão entre banhistas, produtores de camarão e pesquisadores. Isso se deve à aparição do peixe leão, uma espécie exótica que, além de possuir propriedades venenosas, apresenta ameaças tanto para os seres humanos quanto para a fauna nativa da costa piauiense.
O alerta foi emitido por pesquisadores da Universidade Federal do Delta do Parnaíba – UFDPar.
Segundo a professora doutora em Zoologia, Edna Cunha, essa espécie não é originária do Brasil, configurando-se como uma espécie invasora que pode prejudicar as espécies nativas por meio da predação, além de representar um risco para os banhistas.
“O peixe não é letal; contudo, sua toxina pode causar dores, febres e lesões na área afetada. Portanto, é essencial ter cautela, pois trata-se de uma espécie que pode acarretar significativos danos, podendo se tornar uma ameaça em potencial”, alertou a professora.
Um dos focos da pesquisa está na proximidade das bombas de captação de água em fazendas de camarão. A presença do peixe-leão suscita preocupações, pois, conforme os pesquisadores destacam, sua notável capacidade de adaptação pode representar uma ameaça aos ecossistemas e à biodiversidade.
A UFPDAr e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão monitorando a presença do peixe-leão no Piauí. Segundo essas instituições, a população que avistar esses animais, quer estejam vivos ou mortos, pode entrar em contato com o ICMBio pelo telefone (86) 3321-1615.
O banhista deve ficar atento à presença do peixe-leão nas praias piauienses. Porém até o momento não houve registro de nenhum ataque ou acidente envolvendo a espécie. Destaque-se que as praias estão liberadas ao banho.
Redação Move Notícias com informações do cidadeverde.com