Por Wagner Albuquerque
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou a formalização do inquérito de impeachment contra o presidente Joe Biden nesta quarta-feira, 13 de dezembro.
Essa formalização fortalece as intimações e a posição legal do inquérito, segundo parlamentares republicanos.
Membros do Partido Republicano no Comitê de Regras da Câmara argumentam que essa medida é uma resposta à obstrução do governo em entregar os documentos solicitados.
O trio de comitês que lidera a investigação tem interrogado diversos funcionários do Departamento de Justiça do governo americano, assim como da Receita Federal americana, além de obter documentos e registros bancários, incluindo de membros da família de Joe Biden.
Até o momento, cinco pessoas foram interrogadas e nove intimações bancárias foram emitidas nas fases iniciais da investigação. Em novembro, o número de intimações para depoimentos aumentou para nove.
O comitê liderado pelos republicanos divulgou um documento na semana passada que mostra pagamentos da empresa de Hunter Biden, a Owasco PC, para Joe Biden quando ele não estava no cargo. No entanto, o comitê omitiu evidências de que o filho do presidente estava reembolsando o pai por um carro.
Além disso, foram revelados dois cheques pessoais do irmão do presidente, James Biden, para Joe Biden quando ele não estava no cargo. De acordo com as evidências disponíveis, esses cheques se referem a reembolsos de empréstimos. Embora esses pagamentos estejam longe das acusações de que o presidente estaria lucrando com negócios no exterior da sua família, eles têm fornecido combustível para adversários políticos e para a base de extrema-direita do Partido Republicano.
O processo foi iniciado em setembro pelo então presidente da Casa, o republicano Kevin McCarthy, que caiu do posto depois de uma moção de desconfiança no início de outubro. Desde então, o Partido Republicano tentou até quatro vezes eleger o sucessor de McCarthy e conseguiu com o agora presidente da Câmara, Mike Johnson, em 25 de outubro.