As Forças Armadas de Israel enfrentaram um dos dias mais letais na guerra em Gaza, com a perda de dez soldados, a maioria deles vítimas de uma emboscada do grupo terrorista Hamas no norte do enclave, ou seja, o reduto sitiado. Isso elevou para 115 o total de baixas do lado israelense na incursão terrestre, conforme relatado pelas Forças de Defesa nesta quarta-feira, 13.
Durante a noite anterior, as tropas realizavam buscas em edifícios em Shejaiya, um distrito na Cidade de Gaza apontado por Tel Aviv como um dos redutos mais fortificados do Hamas. Quatro soldados sob ataque perderam contato, desencadeando uma operação de resgate que resultou em uma emboscada com intenso tiroteio e explosivos, de acordo com informações de Israel.
Nove militares perderam a vida, incluindo o coronel Itzhak Ben Basat, 44 anos, e o vice-coronel Tomer Grinberg, um comandante de batalhão. Eles foram os oficiais de mais alta patente mortos desde o início da incursão em Gaza. A décima baixa ocorreu em uma batalha separada, também no norte do enclave, onde os combates continuam intensos, apesar da expansão da ofensiva para o sul, com avanços sobre Khan Younis.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, expressou pesar por este “dia muito difícil” mas rejeitou apelos internacionais por um cessar-fogo, afirmando que a operação continuará até o fim, destacando a determinação mesmo diante da dor e pressão internacional.
O Hamas, em resposta, considerou a situação uma confirmação “falha” da incapacidade de Israel em lidar com a “forte resistência da Brigada al-Qassam”, o braço militar da organização terrorista.
Essa demonstração de “resistência” ocorre enquanto Tel Aviv afirmava ter levado o Hamas “à beira da dissolução”. O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, havia declarado anteriormente que suas forças estavam “ocupando os últimos redutos” do grupo terrorista. A troca de fogo intensificou-se nos últimos dias, com Israel respondendo aos ataques do Hamas lançados em 7 de outubro.
Desde o ataque inicial, com 1.200 mortos e 240 reféns, Israel bombardeia a Faixa de Gaza em retaliação. Vinte dias após o ataque sem precedentes, uma operação por terra foi lançada com o objetivo declarado de “aniquilar” o grupo terrorista, que controla o enclave desde 2007. O total de soldados israelenses mortos atinge 444, com 115 na incursão terrestre.
No lado palestino, mais de 18 mil mortes foram relatadas pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. A maioria dos sobreviventes são deslocados internos vivendo em abrigos improvisados, aumentando o temor de doenças e fome no território cercado, conforme expressado por organizações humanitárias.
Redação Move Notícias