Emmanuel Macron, presidente da França, há muito tempo figura como uma voz crítica em relação ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. Sua oposição fervorosa ganhou destaque neste sábado (2), quando, em uma coletiva de imprensa, reafirmou sua posição contrária à aprovação do acordo.
Macron, desde o início de sua presidência, vem manifestando preocupações sobre a sustentabilidade e os impactos ambientais do acordo, argumentando que o mesmo não reflete as diretrizes ambientais que ele considera essenciais. Suas críticas são enraizadas na crença de que o acordo, negociado há duas décadas, é desatualizado e carece de considerações vitais sobre biodiversidade e mudanças climáticas.
O presidente francês, em suas palavras, descreveu o acordo como um “remendo” em uma coletiva de imprensa, questionando a sua relevância em um cenário global mais moderno. Ele salientou que, nos últimos anos, acordos comerciais evoluíram consideravelmente, enquanto o proposto entre Mercosul e UE permanece preso em um modelo “antiquado”.
“Devemos pensar num acordo que seja muito mais geoestratégico, muito mais consistente com as nossas estratégias e não mexer num acordo à moda antiga. É por isso que não sou a favor deste acordo. Porque hoje não sei como explicar este acordo a um agricultor, a um produtor de aço, a um fabricante de cimento francês ou europeu”, declarou Macron, enfatizando sua preocupação com o impacto econômico e ambiental.
A observação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a posição francesa como historicamente protecionista adiciona contexto ao debate, ressaltando as complexidades de opiniões dentro da União Europeia. Contudo, a aprovação do acordo de livre comércio ainda permanece dependente da concordância nos parlamentos dos países envolvidos, configurando um cenário propenso a intensos debates e possíveis discordâncias substanciais.
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