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Publicado em: 10 novembro 2022 às 01:44

Piauí, Maranhão e Tocantins perdem investimentos no Agronegócio por instabilidade política

Recentemente um dos grandes investidores do Agronegócio no Piauí, o Grupo Soberano Agronegócios, anunciou por meio de nota a paralisação das operações na região piauiense e em mais dois Estados do Brasil, Maranhão e Tocantins. Os recursos investidos gerariam mais de 20 empregos diretos e investimentos acima de R$ 10 milhões. O agronegócio é um setor de grande potencial no país, especificamente quando se fala da região Nordeste, que possui muita capacidade de exploração.

 

Tanto o Piauí quanto o Maranhão e Tocantins fazem parte da região que mais cresce, em área plantada, em todo o País, a chamada Matopiba, considerada a grande fronteira agrícola nacional. Ela compreende o bioma Cerrado desses três Estados e da Bahia, respondendo por aproximadamente 10% da produção brasileira de grãos e fibras, principalmente soja, milho e algodão. Inclusive, segundo pesquisas realizadas pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), o Maranhão e Piauí encabeçam o ranking de produção do milho na Região, figurando também entre os 10 maiores produtores do grão no País.

 

O Grupo Soberano Agronegócios lamentou a suspensão das atividades agrícolas e pecuárias, entendendo os impactos negativos que a paralisação causa nas comunidades com a saída da empresa. De acordo com o sócio-diretor do Grupo, Rafael Toldo, a motivação decorreu da instabilidade política e possíveis mudanças de diretrizes econômicas no Brasil. No Piauí, o Grupo investiria na abertura de 1000há no município de Bom Jesus.

 

“Fizemos um comunicado, por respeito aos parceiros que trabalham conosco e às próprias comunidades envolvidas explicando que, caso a política se mantenha da mesma forma que o primeiro turno, nós infelizmente vamos suspender novos investimentos e reduzir as atividades que já viemos executando nos últimos anos, pois acaba sendo uma bola de neve. A agricultura envolve muita coisa, por exemplo, a loja que vende peças, posto que vende combustível, tem-se uma geração de emprego muito grande, frete rodando, adubos, defensivos agrícolas, comércio, enfim. É uma cadeia muito grande que a agricultura faz, pois ela é o carro chefe do país”, destaca Rafael.

 

Diante desta realidade, empresários piauienses se preocupam com os cortes nos investimentos do setor e ressaltam a urgência em encontrar soluções para otimizar a produção agrícola, promover o desenvolvimento e também preservar o meio ambiente, como explica o estudioso e empresário Arthur Feitosa.

 

“Esses cortes são muito preocupantes, porque estamos falando de uma área de grande potencial agrícola. O Piauí pode se desenvolver bastante com a aplicação de recursos dos investidores em nossas terras. Sabemos que essas suspensões começaram a acontecer depois dos resultados das nossas eleições, que são preocupantes, por isso ressalto a importância de escolhermos bem nossos representantes e colaborarmos com o crescimento da nossa região”, ressalta o empresário.