Por Douglas Ferreira com informações do professor Marcio Luis Fernandes
A palavra “Anhanguera” é amplamente utilizada no Brasil, especialmente na região Sudeste, onde existem faculdades, empresas, avenidas e rodovias com esse nome, como em São Paulo. Outras cidades, como Goiânia, também adotam o termo. Mas qual é a origem desse nome? Bem, Anhanguera era um gênero de pterossauro que habitou o Brasil durante o período Cretáceo. Trata-se de um réptil voador com hábitats costeiros. A espécie Anhanguera piscator destaca-se entre as maiores em envergadura de asas e possui um dos materiais fósseis mais completos preservados.
Apesar de seu tamanho impressionante, não é o maior de sua espécie. Na América do Norte, outros répteis alados dominavam os céus durante o período Cretáceo.
O Anhanguera pertence a um gênero de pterossauros, uma ordem extinta de répteis voadores do período Mesozóico. Embora contemporâneos aos dinossauros, os pterossauros não eram dinossauros, surgindo no Triássico Superior e desaparecendo na Extinção do Cretáceo-Paleogeno, há 65 milhões de anos. Os primeiros pterossauros possuíam mandíbulas cheias de dentes e cauda longa, enquanto as espécies do Cretáceo apresentavam quase nenhum dente, uma mandíbula semelhante a um bico e uma cauda bastante reduzida.
Algumas das descobertas mais significativas de fósseis de pterossauros provêm do planalto de Araripe, no Brasil (nas divisas dos Estados do Ceará, Pernambuco e Piauí). O Quetzalcoatlus, um pterossauro da família Azhdarchidae, foi o maior animal alado da história geológica da Terra, com cerca de 12 metros de envergadura e um peso de 200 quilo. Este réptil sem dentes, conhecido por seu longo pescoço, habitava a América do Norte durante o Cretáceo Superior e desapareceu na extinção K-T, juntamente com outros pterossauros e dinossauros daquele período.
Uma imagem impressionante (foto) mostra um modelo do Quetzalcoatlus Northropi em comparação com um homem adulto de 1,8 metro. Este pterossauro era da altura de uma girafa adulta, o mamífero mais alto do planeta. A imagem destaca a grandiosidade desses incríveis animais voadores, que deixaram um legado fascinante nos registros fósseis.