A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou a ação em resposta à situação de emergência climática no Brasil. O desmatamento, o fenômeno El Niño e as mudanças no clima agravaram a seca no Amazonas neste ano.
Apesar das boas intenções, muitos acreditam que 149 brigadistas são insuficientes para combater todos os focos de incêndio na região. Além disso, o governo prometeu disponibilizar dois helicópteros para auxiliar nos esforços de combate às queimadas.
A qualidade do ar na região metropolitana de Manaus atingiu níveis extremamente poluídos devido ao fogo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a qualidade do ar não ultrapasse 20 microgramas por metro cúbico (µg/m³), mas Manaus registra 225 µg/m³, tornando o problema muito grave.
A situação climática é preocupante, com um aumento de 147% nos focos de calor no Amazonas em outubro em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No entanto, o acumulado de janeiro a outubro mostrou uma redução de 11,3% nos focos de calor em comparação com o mesmo período do ano passado.
A situação em outubro está até menos grave que o registrado em setembro passado, quando o Estado do Amazonas somou 6.991 focos de queimadas. Isso até 29 de setembro, de acordo com dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe.
Foi o pior resultado do ano no Estado, superando o verificado em agosto, mês até então com mais queimadas no Amazonas em 2023.
Portanto, embora a ação do governo seja uma resposta à crise, muitos acreditam que são necessários esforços mais significativos para combater eficazmente os incêndios na Amazônia. O plano anunciado por Marina Silva parece ser inóquo, totalmente ineficaz. Até parece que não querem resolver o problema. É como querer apagar um incêndio com um copo d’água ou uma mangueira caseira.
Por Douglas Ferreira