O Brasil encontra-se em uma situação de notável endividamento, ocupando a posição de terceiro país mais endividado do mundo. Está lado a lado com a Ucrânia, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Isso levanta questionamentos sobre como o país chegou a essa posição, quem é o principal responsável por essa situação, quando esse processo começou e se o Brasil possui a capacidade de pagamento e crescimento necessária para enfrentar essa questão.
O grau de endividamento do Brasil é um fenômeno que tem se agravado nos últimos anos. De acordo com o relatório do FMI, a dívida pública bruta do país deve atingir 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, aumentando para 96,2% em 2028. Esse dado coloca o Brasil atrás apenas da Argentina, que enfrenta uma crise financeira, e do Egito.
O endividamento do Brasil tem várias causas, incluindo políticas de gastos públicos, recessões econômicas, crises políticas e aumento das despesas. Desde pelo menos a última década, o país tem registrado déficits fiscais significativos, o que levou a um aumento na dívida pública. Além disso, a pandemia de COVID-19 agravou a situação, com a necessidade de gastos extraordinários para enfrentar a crise de saúde e econômica.
O principal responsável por esse endividamento é o governo, que ao longo dos anos empenhou-se em realizar despesas sem o devido equilíbrio com as receitas, gerando um ciclo de déficits orçamentários. Isso se acentuou com a pandemia, à medida que foram necessários investimentos massivos em saúde e estímulos econômicos para mitigar os impactos negativos da crise.
O início desse processo pode ser rastreado ao longo da última década, mas se intensificou nos últimos anos. As políticas econômicas implementadas, o baixo crescimento econômico e os desafios políticos têm contribuído para o aumento da dívida pública.
Quanto à capacidade de pagamento e crescimento, o Brasil enfrenta desafios significativos. O aumento da dívida em relação ao PIB pode afetar a capacidade do país de honrar seus compromissos com os credores e limitar a disponibilidade de recursos para investimentos em áreas críticas, como saúde, educação e infraestrutura. A situação econômica e fiscal deve ser monitorada de perto para evitar que o endividamento comprometa ainda mais o potencial de crescimento econômico do Brasil.
Em resumo, o Brasil figura como o terceiro país mais endividado do mundo, lado a lado com a Ucrânia, de acordo com o FMI. Esse endividamento é resultado de políticas fiscais desequilibradas, crises econômicas, recessões e gastos excessivos. O governo é o principal responsável por esse endividamento, que se intensificou nos últimos anos. A capacidade de pagamento e crescimento do Brasil é desafiada por essa situação, e é essencial que o país adote medidas para controlar e reduzir seu endividamento a fim de garantir um desenvolvimento econômico sustentável.
Entretanto o governo não tem demonstrado nenhum interesse em conter esse endividamento. Ao contrário, as políticas públicas e o ‘socorro’ a países notadamente devedores e inadimplentes com o Brasil tem agravado ainda mais essa triste realidade. Portanto, ação por um lado e a inação por outro pode acelerar o processo de endividamento do país.
Por Douglas Ferreira