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Publicado em: 27 setembro 2023 às 12:32 | Atualizado em: 27 setembro 2023 às 18:38

Brasil avança 5 posições, lidera na América Latina e ocupa o 49º lugar no Índice Global de Inovação

O Brasil conseguiu subir no ranking das economias mais inovadoras do mundo após 12 anos, ocupando agora a 49ª posição entre 132 países no Índice Global de Inovação (IGI). Essa melhora no desempenho do país é resultado de uma série de fatores, com destaque para iniciativas tanto da iniciativa privada quanto do setor público.

O papel das startups

Nos últimos anos, houve um esforço conjunto para promover a inovação no Brasil. Empresas e startups têm investido em pesquisa e desenvolvimento, buscando soluções inovadoras para diversos setores. Além disso, programas de incentivo à inovação, como a Lei do Bem, têm apoiado financeiramente projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

O Brasil pode mais

No entanto, o desempenho do Brasil ainda é considerado abaixo do seu potencial, e o país já ocupou uma posição melhor no ranking em 2011, quando ficou em 47º lugar. A melhora recente demonstra que o Brasil tem condições de crescer no ranking, desde que continue investindo em ciência, tecnologia e inovação.

É importante notar que o setor público também desempenha um papel fundamental na promoção da inovação. O governo tem a responsabilidade de criar políticas públicas modernas e atualizadas que incentivem a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a colaboração entre o setor público e privado.

A nova política industrial anunciada pelo governo, com investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento, é um exemplo de como o setor público pode contribuir para impulsionar a inovação no país.

Portanto, a melhora no ranking de inovação do Brasil é resultado de esforços conjuntos do setor privado e público, e a tendência é que o país continue avançando nesse campo, promovendo o desenvolvimento econômico e tecnológico.

O poder público poderia ter feito mais

Mas a pergunta que fica é: o governo tem de fato contribuído para o avanço na área da ciência e tecnologia no Brasil. A pergunta se justifica frente a uma série de cortes na Saúde e Educação.

Em relação aos cortes no orçamento para pesquisas em universidades, é importante observar que esses cortes podem variar de ano para ano e de governo para governo. No caso mencionado, houve um bloqueio de R$ 332 milhões no orçamento destinado à Educação e bolsas de estudo.

É verdade que Lula vetou verba para as universidades?

Sim. O corte de R$ 4,2 bilhões no orçamento para pesquisas em universidades pelo presidente Lula da Silva ainda em janeiro deste ano, causou polêmica nas redes sociais e levantou questionamentos sobre uma quebra de promessa de campanha do petista. O governo alegou que não tinha outra saída.

O que Lula já vetou?

O primeiro item vetado no orçamento da Educação previa a inclusão da educação digital (computação, programação, robótica) no currículo dos ensinos fundamental e médio. O governo esquece que o dinheiro aplicado nessas áreas são fundamentais e vão refletir a médio e longo prazo no avanço tecnológico do país.

Quando surgiu o IGI?

O Índice Global de Inovação (IGI) foi criado em 2007 e, desde então, tem se tornado uma referência na avaliação da inovação em nível global. Ele desempenha um papel importante na formulação de políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) em vários países, incentivando governos a analisarem sistematicamente seus resultados anuais em inovação e a desenvolverem políticas para melhorar seu desempenho no índice.

Além disso, o IGI recebeu reconhecimento do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ONU), que, em sua resolução de 2019 sobre CT&I para o desenvolvimento, definiu o índice como um instrumento de referência para avaliar a inovação em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Portanto, o IGI desempenha um papel importante na promoção da inovação e no monitoramento do progresso dos países em direção aos ODS, contribuindo para o desenvolvimento sustentável em todo o mundo.

Redação Move Notícias