Ney Matogrosso canta “Somos o que somos, inclassificáveis” na música “Inclassificáveis” de Arnaldo Antunes. Este verso do refrão reflete um princípio importante da educação inclusiva: reconhecer a singularidade humana sem usar rótulos. O Serviço Social da Indústria (SESI) lançou um guia chamado “Educação Inclusiva nas escolas da rede SESI” com o objetivo de promover práticas educacionais inclusivas em todas as suas escolas.
O guia segue a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e inclui diretrizes para acolher pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA), superdotação ou altas habilidades. O SESI pretende que todas as suas escolas usem o guia e adaptem as orientações à sua realidade.
Além disso, o SESI está preparando um curso de educação inclusiva em parceria com a Unindústria e oferecerá uma pós-graduação sobre o tema em colaboração com a Universidade Federal de Goiás (UFG).
Para construir uma escola acolhedora para todos, o SESI estabelece algumas premissas, incluindo o uso de formulários de anamnese de matrícula e acompanhamento do aluno. Esses formulários ajudam a entender as necessidades dos alunos especiais, como suas preferências de brincadeiras e atividades, e se eles precisam de assistência. O guia também lista produtos de tecnologia assistiva que podem ajudar as pessoas com deficiência a desenvolver habilidades funcionais.
O SESI lançou o documento durante o Seminário Internacional de Educação Inclusiva SESI e convidou todas as escolas da rede a seguirem as diretrizes para se tornarem mais acolhedoras.
O SESI realizou um estudo para entender a realidade das escolas da rede e o cenário da educação inclusiva, com base em visitas, entrevistas e questionários. Descobriu-se que a maioria das escolas já tem experiências educacionais inclusivas e que os professores têm conhecimento dos fundamentos legais e pedagógicos do tema. No entanto, é necessário criar redes de apoio, parcerias e oferecer formação continuada.
A consultoria de Denise de Oliveira Alves, professora e coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal de Goiás, também contribuiu para o documento. Ela enfatiza a importância de conhecer a realidade das escolas antes de estabelecer diretrizes e destaca que a inclusão ocorrerá de maneira adaptada a cada região e escola, respeitando suas especificidades. Kátia Marangon, gerente do Centro SESI de Formação em Educação, enfatiza a importância de capacitar os professores para promover atividades inovadoras nas escolas.
Redação Move Notícias com informações da Agência de Notícias da Indústria