O desempenho das MPEs em julho somente ficou abaixo do registrado em janeiro de 2023. Foi quando elas foram responsáveis por 81% das contratações.
As micro e pequenas empresas – MPEs, continuam liderando a geração de empregos com carteira assinada no Brasil. Isso de acordo com um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae. Em julho, essas empresas foram responsáveis por 79,8% das vagas de emprego abertas no país, totalizando 113,8 mil postos de trabalho, em um cenário onde o total de vagas criadas atingiu 142,7 mil. Isso equivale a uma média de 3.670 vagas formais geradas diariamente.
Em contraste, as médias e grandes empresas – MGEs, contribuíram com apenas 13,5% das vagas criadas, totalizando 19.229 empregos. Outros segmentos, como instituições sem fins lucrativos (3.813), pessoas físicas (6.032) e administração pública (-200), representaram uma parcela menor das contratações.
Para fins de classificação, o Sebrae considera microempresas aquelas com até nove empregados (ou 19 funcionários no caso da indústria e mineração), enquanto pequenas empresas possuem até 49 trabalhadores (ou 99 no caso da indústria e mineração).
O estudo baseia-se em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. Ele revela que julho marcou o sétimo mês consecutivo de resultados positivos na criação de empregos por parte das MPEs. A última vez em que essas empresas registraram mais demissões do que admissões foi em dezembro, um período comumente marcado pelo término de contratos temporários relacionados às festas de fim de ano.
O desempenho das MPEs em julho somente ficou abaixo do registrado em janeiro de 2023. Foi quando elas foram responsáveis por 81% das contratações.
Os setores de serviços, construção e comércio se destacaram como os principais motores da criação de empregos nas MPEs em julho, com 46,7 mil vagas, 26,1 mil vagas e 25 mil vagas, respectivamente. Atividades como construção de edifícios, restaurantes e serviços de alimentação e transporte rodoviário de carga também foram destaques.
Quando consideramos o acumulado do ano de 2023, as MPEs mantêm sua liderança na geração de empregos formais, com 825,4 mil empregos de um total de 1,1 milhão criados no Brasil, o que representa 70,8%. As MGEs contribuíram com 16,4% desse total.
O presidente do Sebrae, Décio Lima, atribui esse desempenho ao “otimismo dos pequenos empreendedores, que confiam na recuperação econômica do país, impulsionada por indicadores positivos, controle da inflação e perspectiva de redução das taxas de juros”. Lima enfatiza que “a confiança dos empreendedores é um fator fundamental para a criação de empregos”.
É importante observar que, tanto em julho quanto no acumulado do ano, todos os Estados e o Distrito Federal apresentaram saldos positivos na criação de empregos formais nas MPEs. Esse cenário destaca a importância contínua dessas empresas para a economia brasileira e a capacidade de gerar empregos em diversas regiões do país.
