A oposição está intensificando suas acusações contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, relacionadas aos eventos ocorridos em 8 de janeiro. Dentre as alegações feitas pelo deputado Filipe Barros (PL/SC), destaca-se a acusação de obstrução de Justiça por parte de Dino. A acusação basea-se na recusa em disponibilizar os vídeos das câmeras de segurança e, posteriormente, na afirmação de que esses vídeos teriam sido “apagados”.
Além disso, Barros também levanta a possibilidade de prevaricação. O argumentando é que o ministro Dino não mobilizou os 240 homens da Força Nacional de Segurança que estavam estacionados no local, enquanto ocorriam os ataques e depredações às sedes dos poderes da República.
As alegações de obstrução de Justiça contra Dino se tornam especialmente graves se for comprovado que ele deliberadamente se recusou a compartilhar as imagens das câmeras de segurança e, posteriormente, alegou que tais evidências teriam sido apagadas. Essa conduta, caso confirmada, poderia ser interpretada como uma tentativa de impedir as investigações e ocultar possíveis provas cruciais relacionadas aos eventos em questão.
A denúncia planejada por Barros tem como alvo a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – CPMI, que é controlada por parlamentares ligados ao governo. A sessão em questão deve examinar o depoimento do general G. Dias, possivelmente relacionado aos eventos de 8 de janeiro.
Outra questão relevante trazida à tona por Barros é a possível participação do ministro do Supremo Tribunal Federal – STF, Alexandre de Moraes, nesse cenário. O deputado questiona se Moraes recebeu ou não cópias dos vídeos supostamente “apagados”.
Segundo Barros, Moraes havia requisitado as imagens no início do inquérito. Esse aspecto adiciona uma dimensão mais ampla à questão, pois envolve não apenas o ministro da Justiça, mas também um membro do STF.
Se a acusação de obstrução de Justiça e prevaricação contra Flávio Dino for comprovada, isso poderia ter implicações significativas não apenas para o ministro, mas também para a integridade do governo federal como um todo. A Justiça será instada a avaliar as decisões da CPMI, buscando determinar a veracidade das alegações e a aplicação da lei de acordo com as circunstâncias. A sociedade aguarda esclarecimentos sobre os fatos e as consequências legais que podem se seguir.
Redação Move Notícias