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Publicado em: 27 agosto 2023 às 08:50 | Atualizado em: 27 agosto 2023 às 15:53

“Quero trazer inflação para baixo com menor custo possível”, diz presidente do BC

Campos Neto fala em prudência na redução da inflação para não causar impactos – Foto: Reprodução

Para Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central – BC, os dados mais recentes sobre a inflação têm se deteriorado no país. Ele também afirmou que nas últimas duas semanas a “barra do fiscal”, isto é, a compreensão da situação fiscal, aumentou para todos e isso não é diferente para o Brasil.

“Recentemente, tivemos até um índice de inflação um pouco mais adverso, com uma grande influência de fatores voláteis”, declarou no Fórum Esfera, um evento que reúne empresários e autoridades.

Mas tranquilizou: “Contudo, não tomamos decisões baseadas em dados em tempo real. Nós enxergamos esses números como uma tendência”.

Para Neto, estabelecer uma âncora fiscal pode contribuir para uma política monetária mais estável no Brasil.


“Se conseguirmos alinhar os aspectos fiscais, também poderemos alinhar os monetários. Provavelmente, poderemos reduzir as taxas de juros de maneira consistente e mantê-las mais baixas por um período mais prolongado”, asseverou.


Após comentar sobre os esforços do governo para aprovar reformas fiscais, Campos Neto mencionou que iniciativas para fortalecer esse caminho são bem-vindas, e citou como exemplo a reforma administrativa, que tem sido apoiada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Ele ainda ressaltou que o Banco Central conseguiu gerir de forma suave a trajetória de queda da inflação.


“Meu objetivo é reduzir a inflação com o menor impacto possível na sociedade, com a menor diminuição do PIB, o menor desemprego e a menor interferência no acesso ao crédito, enfatizou o líder do BC, Campos Neto


O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, registrou um aumento de 0,28% em agosto. Isso após apresentar variação negativa no mês anterior, de acordo com o IBGE. No acumulado do ano, o índice registra alta de 3,38%. E em um período de 12 meses, aumentou de 3,19%, valor anterior, para 4,24% agora.

Redação Move Notícias