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Publicado em: 22 agosto 2023 às 15:34 | Atualizado em: 27 agosto 2023 às 15:55

Prefeituras no Piauí planejam paralisação em meio a queda de receitas

A situação financeira das prefeituras no Piauí tem se deteriorado devido a quedas consecutivas nas receitas. Recentemente, cerca de 70 prefeitos da região de Picos, no Sul do Estado, estiveram em Brasília para participar de reunião com a bancada federal. Os prefeitos piauienses e se engajaram na mobilização liderada pela Confederação Nacional dos Municípios – CNM.

Prefeito Toninho pres da APPM – Foto: Reprodução

Na última sexta-feira, 18 de agosto, após receberem a segunda parcela do Fundo de Participação dos Municípios – FPM, para o mês de agosto, os prefeitos se mobilizaram novamente. Alinhados com a Associação Piauiense de Municípios – APPM, anunciaram uma paralisação das prefeituras para o dia 30 de agosto, com o lema “Sem FPM não dá”. Além da paralisação, os prefeitos planejam realizar manifestações em Teresina e nas capitais dos outros oito Estados nordestinos.


“É uma mobilização integrada das associações de todo o Nordeste, como o Piauí, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba está se organizando para parar dia 30. Vamos fazer a mobilização em frente a um órgão do governo federal pedindo ajuda no sentido da recuperação do FPM”, disse o presidente da APPM, prefeito de Caridade do Piauí, Antoniel de Sousa Silva, o Toninho.


Vários prefeitos compartilharam preocupação em relação à crise financeira que afeta seus municípios. O prefeito de Francisco Santos, Luís José, enfatizou que “a falta de recursos impacta diretamente os serviços essenciais oferecidos à população. A ausência de pagamento de emendas de custeio tem prejudicado especialmente setores como a Saúde, que dependem desses recursos para funcionar adequadamente”.

Os gestores também destacaram a importância da manifestação planejada para o dia 30 de agosto como “uma forma de sensibilizar o governo para a situação dos municípios”. Eles expressaram a necessidade de receber os repasses devidos para cumprir suas obrigações e manter os serviços públicos funcionando.

Outra que se manifestou foi a prefeita de Santana do Piauí. Maria José, disse que os cortes no FPM penaliza sobretudo os mais carentes.

Prefeita Maria José do município de Santana do Piauí – Foto: Reprodção

“Sem esses recursos, as prefeituras não funcionam e os serviços públicos, os quais atendem diretamente à população, não são mantidos. A paralisação dos prefeitos no dia 30 apenas mostra que os municípios precisam dos repasses que estão atrasados. Por isso, os gestores estão preucupados por conta cidades que precisam administrar, mas sem os recursos necessários, não é possível”, falou a prefeita.

No geral, os gestores afirmaram que as prefeituras enfrentam dificuldades consideráveis para honrar compromissos financeiros devido à queda nas receitas do FPM e ao atraso nas emendas parlamentares. Eles pedem atenção e ação por parte do governo federal para evitar que a situação se agrave ainda mais e prejudique os serviços prestados às comunidades locais.