O deputado federal relator, Ricardo Salles, não está disposto a participar de um acordo para reduzir a intensidade da CPI do MST. Ele afirmou categoricamente à coluna do jornalista Cláudio Humberto, Poder Política e Bastidores que: “Não estou disposto a aceitar nada disso”, referindo-se às negociações em andamento.

Membros da CPI do MST e da Frente Parlamentar do Agronegócio – FPA, se reuniram na residência oficial da Presidência da Câmara com o objetivo de coordenar o retorno ao colegiado de deputados considerados opositores ao governo. A reunião, organizada pelo presidente da FPA, Pedro Lupion (PP/PR), excluiu o relator da CPI, Ricardo Salles (PL/SP), devido à sua postura “muito rigorosa”. As condições impostas para a oposição retomar o controle da comissão incluem a desistência da convocação do ministro Rui Costa (Casa Civil) e a “negociação” do relatório final.

O relator, Ricardo Salles, reiterou sua recusa em participar de qualquer tipo de “acordão”. Ele declarou enfaticamente à coluna Cláudio Humberto que: “Eu não estou disposto a aceitar essa proposta”, em relação às discussões em andamento.

Após a convocação do ministro petista Rui Costa, o governo tomou medidas e promoveu cinco substituições na CPI. Foram retirados deputados do União Brasil, PP, Republicanos e até do PL.

Essas mudanças resultaram em um aumento significativo no “índice de governismo” na Comissão. A média entre os substituídos subiu de maneira notável, passando de 22,8% para impressionantes 79,6%.

Apesar das substituições em andamento, não se espera que a CPI do MST seja prorrogada. A previsão é que os trabalhos sejam encerrados até o dia 14 de setembro. O governo manobrou e conseguiu impor um fim melancólico. Pelo menos esse será o destino triste da Comissão caso Salles não consiga reverter esse esforço do governo em decretar o fim antecipado da CPI.

Redação Move Notícias