A investigação sobre o apagão que resultou na queda do Sistema Interligado Nacional e deixou diversas regiões do Brasil sem energia na manhã de terça-feira (15) ainda está em curso. Técnicos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do Ministério de Minas e Energia (MME) estão ativamente envolvidos na operação, e uma sala de situação foi montada para monitorar em tempo real a recuperação da carga elétrica.
No entanto, a primeira-dama, Janja, não hesitou em expressar sua opinião sobre a questão, atribuindo em um breve post de 40 caracteres a culpa pelo problema no sistema elétrico à privatização da Eletrobras em 2022, realizada pelo governo de Jair Bolsonaro. Em letras maiúsculas, ela escreveu: “A ELETROBRAS FOI PRIVATIZADA EM 2022”. E acrescentou: “Era só esse o tuite”.
Janja, que é aposentada da Itaipu Binacional, direcionou a culpa para a empresa privatizada pelo governo anterior. No entanto, suas alegações carecem de fundamentação, visto que apagões já ocorreram no passado quando a Eletrobras era estatal. A origem e a causa do apagão atual ainda não são conhecidas, e é importante ressaltar que a privatização recente não pode ser diretamente responsabilizada por essa ocorrência.
O período desde a privatização é muito curto para estabelecer uma ligação entre ela e a falha no sistema. Mais uma vez, Janja parece estar contribuindo para a agitação no governo, como ocorreu durante as discussões sobre a taxação de compras em sites estrangeiros.
Janja declarou mais esse desatino em Assunção durante a posse de Santiago Peña, o novo presidente Paraguai. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também está no exterior.
Conforme informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, o apagão foi causado por um evento de “separação elétrica” dentro do Sistema Interligado Nacional – SIN, responsável por conectar toda a geração de energia no país.
Redação Move Notícias