Um reflexo crescente de riscos de vida. Há pouco mais de dois meses uma enfermeira morreu ao parar para socorrer uma pessoa acidentada. Os casos são recorrentes.
A médica Laila Monção, integrante da equipe do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência – SAMU, enfrentou uma situação alarmante no exercício de seu dever de salvar vidas. Em um episódio que se torna cada vez mais frequente em Teresina, ela foi atropelada enquanto prestava assistência a uma vítima de acidente de trânsito. O incidente ocorreu na manhã de um domingo, 13, na movimentada Avenida João XXIII, localizada na zona Leste da cidade, precisamente nas proximidades da Ladeira do Uruguai.
Detalhes indicam que a médica se encontrava no processo de imobilização cervical do paciente, parte vital do protocolo de atendimento do SAMU, quando foi abruptamente atingida por uma motocicleta. O cenário pintado por testemunhas desenha um quadro caótico, onde a profissional de saúde, que se dedicava a aliviar o sofrimento de outra pessoa, encontrou-se vulnerável à negligência e à imprudência alheia.
A reação imediata dos socorristas foi encaminhá-la ao setor de traumas do Hospital de Urgência de Teresina. As queixas reportadas incluíam dores na região do quadril e no pé direito. A sorte, contudo, esteve ao lado da médica, visto que seu estado de saúde inicial era estável, e sua lucidez e orientação permaneceram intactas.
Todavia, esse incidente reacende um problema crescente na região. Casos semelhantes, em que os profissionais de saúde enfrentam riscos enquanto desempenham sua missão, têm se tornado mais comuns, um reflexo das dinâmicas traiçoeiras do trânsito e, em alguns casos, da negligência flagrante. Em 4 de julho uma enfermeira veio a óbito ao parar para socorrer uma vítima de acidente. Ela foi colhida violentamente também por uma motocicleta.
Ainda mais perturbador é o fato de que o condutor da motocicleta envolvido na colisão da médica apresentava sinais de embriaguez. Um agravante que amplifica a tragédia potencial. A chegada da Polícia Rodoviária Federal – PRF, ao local não apenas evidenciou a seriedade do incidente, mas também levou à condução do condutor da motocicleta para depoimento, ressaltando a necessidade de responsabilização por atos imprudentes que colocam em risco a vida de outros.
O caso da médica Laila Monção ressalta a importância de promover uma conscientização coletiva acerca da segurança viária e do respeito às equipes de socorro. A proteção e integridade daqueles que dedicam suas vidas a salvar outras devem ser uma prioridade indiscutível, e medidas rigorosas devem ser tomadas para prevenir tais incidentes.
Teresina, como muitas outras cidades, está enfrentando um desafio crescente que exige ação conjunta e medidas concretas para garantir a segurança daqueles que atuam na linha de frente do atendimento de emergência.
Redação Move Notícias