Após a realização da Operação Lucas 12:2 (Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido) nesta sexta-feira, a Polícia Federal decidiu requerer ao Supremo Tribunal Federal – STF, a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A informação, divulgada pelo Estadão, indica que os membros da PF buscam atualmente obter informações sobre possíveis transferências de recursos feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid ao ex-presidente. A investigação visa a esclarecer se essas transações coincidem com o período em que ocorreram negociações envolvendo jóias da Presidência da República nos Estados Unidos.

A Polícia Federal também determinou a convocação para depoimento da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela é citada na investigação como uma das pessoas que tiveram contato com as jóias negociadas por Mauro Cid e seu pai, o general Mauro Lourena Cid.

Durante as apurações da Operação Lucas 12:2, chamaram a atenção das autoridades algumas mensagens indicando a posse de 25 mil dólares, alegadamente pertencentes a Jair Bolsonaro, nas mãos de Lourena Cid.

“Na mensagem, Mauro Cid menciona três tópicos que parecem estar conectados. O conteúdo da comunicação revelou que, a princípio, o General Mauro Lourena Cid estaria na posse de 25 mil dólares, supostamente pertencentes a Jair Bolsonaro. No diálogo, Mauro Cid expressa preocupação em utilizar o sistema bancário convencional para transferir o montante ao ex-presidente e sugere a entrega dos fundos em espécie”, declara a PF, em relação à negociação envolvendo uma palmeira feita de latão e ouro, que tentou ser vendida nos Estados Unidos. O item foi um presente do Barhein para o ex-presidente.

O ex-presidente Bolsonaro não se manifestou ainda sobre esse pedido da Polícia Federal. Mas, tem expressado muita tranquilidade quanto as acusações a ele imputadas até aqui. Bolsonaro tem alegado que vem sendo vítima de uma “sórdida campanha de perseguição”.