A demanda em baixa tem exercido pressão sobre os preços da arroba do boi durante o mês de julho, tornando o cenário do mercado físico de boi gordo extremamente desafiador
O principal fator responsável por essa queda nos preços é a situação da carne bovina no atacado, com os frigoríficos enfrentando estoques elevados. A baixa demanda pela carne resultou em uma forte redução nos preços, levando os frigoríficos a exercerem pressão ainda maior sobre os valores da arroba do boi gordo.
A competitividade crescente da carne de frango também desempenhou um papel importante nessa situação. Além disso, a diminuição dos preços da carne bovina no mercado internacional impactou as receitas de exportação, influenciando as decisões da indústria nacional.
Nas principais regiões produtoras, os preços tiveram variações distintas. Em São Paulo, a referência para a arroba do boi a prazo caiu 8% em relação ao final de junho, ficando em R$ 230. Já em Dourados (MS), houve uma redução de 4,08%, com a arroba passando para R$ 235 na modalidade a prazo.
Em Cuiabá (MT), a arroba registrou um aumento de 0,92%, alcançando R$ 220. Enquanto em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 230 por arroba, representando uma baixa de 4,17% em relação à última semana. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 220, refletindo uma queda de 2,20% em comparação com o mês anterior.
No mercado atacadista, os preços também apresentaram retração significativa ao longo de julho. O quarto do traseiro foi precificado a R$ 17,00 por quilo, com uma queda de 6,34% em relação ao final de junho. Já o quarto do dianteiro foi precificado a R$ 12,65 por quilo, representando uma baixa de 9,64% em relação ao mês passado.
Quanto às exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil, elas alcançaram o valor de US$ 559,187 milhões em julho (considerando 15 dias úteis), com uma média diária de US$ 37,279 milhões. A quantidade total exportada pelo país atingiu 117,589 mil toneladas, com uma média diária de 7,839 mil toneladas, e o preço médio da tonelada ficou em US$ 4.755,40.
Comparado a julho de 2022, esses números representam uma redução de 28,5% no valor médio diário das exportações, uma perda de 1,5% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 27,4% no preço médio.
Com informações do Canal Rural