Erik Navarro Wolkart, juiz federal suspeito de atuar como “coach” de advogados nas redes sociais, pediu exoneração do cargo. Isso após o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, suspender suas contas dele na internet.
O juiz Navarro Wolkart informou através de uma nota que protocolou ofício pedindo a exoneração dele do cargo de juiz federal. Segundo a nota, Wolkart pretende se dedicar exclusivamente à docência.
Ele hoje é juiz federal de primeira instância do Tribunal Regional Federal da 2ª Região – TRF2, no Rio de Janeiro.
Wolkart disse que escreveu uma carta ao presidente do tribunal explicando as razões para a decisão. A petição do magistrado informando o pedido de exoneração foi juntada no processo do CNJ no início da tarde desta terça-feira, 18.
“Hoje, é esse o chamado que encanta meu coração. A docência para milhares de pessoas, através da tecnologia disponível, tornou-se a forma mais eficiente de realização da minha missão”, declara Erik Navarro Wolkart, juiz federal, na nota.
Fora das redes
A primeira punição do juiz fui a suspensão das contas dele de quatro redes sociais. O Conselho Nacional de Justiça – CNJ, suspendeu os perfis do juiz no Twitter, no YouTube, no Facebook e no LinkedIn. Além disso, o órgão afirmou que apuraria se ele feriu o Código de Ética da magistratura ao publicar dicas para advogados acelerarem a tramitação de seus processos, entre outras postagens.
De acordo com o CNJ, Wolkart apresentava meios para advogados melhorarem a “performance” de seus recursos. “Entre as diversas postagens na Internet, o juiz anuncia a fórmula para diminuir tempo de tramitação dos processos, aumentar procedência dos pedidos, com honorários maiores e crescimento profissional”, diz a nota.
Wolkart denfendeu-se também pelas redes sociais, “Não sou coach nem mentor”. O juiz Erik Wolkart possui mais de 77 mil seguidores e mais de 1.500 publicações só no Instagram.
Com informações do Uol