Ele é considerado pela polícia e pelo Ministério Público, como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital – PCC. Odair Lopes Mazzi Júnior, o Dezinho, seria o responsável pelo controle da chamada “sintonia fina”, ou seja, o grupo que controla as ações da facção criminosa em todo o país.
Foragido desde 2020, o bandido vivia bem com a esposa, num condomínio de luxo, no Recife/PE. Durante todo esse tempo ele usava documentos falsos e posava de cidadão, acima de qualquer suspeita.
Mas a polícia e a Justiça estavam de olho nele. A Polícia Civil de Pernambuco monitorava o acusado. Acompanhava cada passo que Dezinho dava, orientada pelo MP de São Paulo. Na verdade, Dezinho estava no radar até mesmo da Agência Brasileira de Inteligência – Abin.
Lavagem de 1 bi do PCC
Dezinho era peça chave na ‘lavagem’ de dinheiro do PCC. É atribuída a ele a ‘lavagem’ de R$ 1 bi. Dinheiro que teria sido enviado pela facção criminosa para o Paraguai. Ele cuidava de toda a logística do tráfico internacional. Assumiu esta tarefa após a morte de outros chefes do crime.
Bandido ostentação
Dezinho fazia a linha ‘bandido ostentação’. Fazia questão e apresentar sinais externos de riqueza. Morava bem. Bem São Paulo seus principais endereços incluíam apartamento em Moema, casa em Alphaville, na grande São Paulo.
A polícia acredita que o traficante movimentou toneladas de drogas em território nacional. As investigações apontam que Dezinho pode ter movimentado aproximadamente 15 toneladas de cocaína em apenas um ano a frente da logística do tráfico internacional do PCC.
Negócio bilionário
A promotoria de São Paulo denunciou já no ano de 2020 que a facção criminosa teria movimentado R$ 1.2 bi. A contabilidade da facção encontrada com Dezinho é referente à movimentação entre junho de 2018 e setembro de 2020.
A época foi decretada pela Justiça paulista a prisão de 18 membros da cúpula do PCC acusados de promover a lavagem do dinheiro da organização criminosa. A lavagem era operada via contas bancárias de laranjas e empresas fantasmas.
Outra parte dos recursos eram guardados em cofres espalhados por São Paulo. Depois levados a doleiros para encaminhar o dinheiro para pagamento de fornecedores de drogas no Paraguai, Peru e Bolívia.
Com informações da Revista Oeste