Resultado dos preços no semestre confirma que juros altos conteve processo inflacionário
Não era o que o governo esperava, mas a inflação de 2,9% no primeiro período de 2023 está dentro das expectativas de quem defende a política de juros altos no Brasil. Os dados são dl Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE, divulgados nesta terça-feira, 11.
A educação foi o carro-chefe que puxou a inflação para cima. Nos primeiros seis meses deste ano, a inflação no setor foi de quase 7%. A pesquisa acompanha a mudança nos preços do IPCA. A educação veio seguida de perto pela saúde e cuidados pessoais, com 4,9%. Depois aparece comunicação com 2,8%, vestuário, com 1,4 e bebida com 1%.
Já o setor de eletrônicos e manutenção praticamente não variou no período. Fechou o semestre com inflação de 0,06%.
Como sempre os setores, alimentação e transporte foram os mais fortes na composição da inflação. Veja só que o IPCA avalia a variação do custo da cesta básica para quem ganha até 40 salários mínimos. Isso em regiões metropolitanas como: Belém/PA, Fortaleza/CE, Recife/PE, Salvador/BA, Belo Horizonte/MG, Vitória/ES, São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Curitiba/PR, Porto Alegre/RS, além do DF. Municípios como Goiânia/GO, Campo Grande/MS, Rio Branco/AC, São Luís/MA e Aracaju/SE, também entram na pesquisa.
O IPCA, no mês de junho, entretanto, fechou praticamente parado. Houve variação, mas de apenas -0,08%. Motivo para o governo comemorar, afinal, é o primeiro mês em que o índice inflacionário no Brasil não sobe.
Se bem que alguns setores tiveram inflação. É o caso de habitação, como 0,7%, despesas pessoais, com 0,4%, vestuário, com 0,3% e ainda saúde e cuidados pessoais que registrou variação de 0,1%.
Os especialistas no assunto ressaltam que a pressão sobre a inflação continua. Hugo Garbe, economista-chefe da G11 Finance e professor de economia da Mackenzie, afirma que os dados comprovam que a política de juros do BC se mostra correta.
Com informações da Revista Oeste