Por Douglas Ferreira
Na madrugada desta quarta-feira, o Oriente Médio foi palco de um acontecimento explosivo: Ismail Haniyeh, o líder supremo do grupo terrorista Hamas, foi abatido em Teerã, capital do Irã, em um ataque atribuído a Israel. Haniyeh, conhecido por comandar o Hamas e sua campanha violenta contra Israel, estava no Irã para participar da cerimônia de posse do presidente iraniano.
Haniyeh foi morto em sua residência em Teerã, mas horas antes, na solenidade de posse do novo presidente Masoud Pezeshkian, O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin também estava na cerimônia e foi filmado perto de Haniyeh.
O ataque, que foi prontamente condenado pelo governo iraniano, provocou uma onda de indignação e promessas de vingança por parte do Irã, que já declarou publicamente a intenção de retaliar. A morte de Haniyeh, que operava amplamente a partir do Catar, ocorre em um momento de extrema tensão, com Israel buscando destruir o Hamas após um ataque devastador do grupo a Israel no início de outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos.
O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, condenou fortemente a ação, alegando que o ataque violou a soberania iraniana e complicou ainda mais as já frágeis negociações de paz em Gaza. O comunicado ressaltou que tais ações não só desrespeitam princípios internacionais, como também dificultam a busca por uma solução política para o conflito entre Israel e o Hamas.
Enquanto a autoria do ataque ainda está sob investigação, a acusação de que Israel está por trás do ato já repercute mundialmente. A escalada da violência, somada à resposta do Irã e ao impacto diplomático da morte de Haniyeh, indica que as tensões na região podem se intensificar ainda mais nos próximos dias, com implicações potencialmente graves para a estabilidade global.