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Publicado em: 19 julho 2024 às 07:16 | Atualizado em: 19 julho 2024 às 07:19

No Brasil, a cada minuto, quase dois celulares são alvo de roubo ou furto

Por Wagner Albuquerque

Foto: Reprodução.

O recém-publicado Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024 apresenta constatações alarmantes, incluindo o fato de que quase dois celulares são roubados ou furtados a cada minuto no Brasil. Esses dados consideram apenas os casos registrados em boletins de ocorrência, indicando que o número real pode ser ainda maior.

A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (18) durante o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revela que o Brasil registrou 494.295 furtos e 442.999 roubos de celulares em 2023, totalizando 937.294 ocorrências. É importante destacar a diferença entre furto e roubo: o furto ocorre de maneira sorrateira, sem uso de violência, enquanto o roubo envolve ameaça ou violência contra a vítima.

São Paulo lidera o número absoluto de casos, com 296.041 registros em 2023. No entanto, proporcionalmente, o estado do Amazonas tem a maior incidência, com 1.076 casos para cada 100 mil habitantes, comparado aos 667 casos por 100 mil habitantes em São Paulo. O anuário também destaca que os iPhones são os aparelhos mais visados pelos criminosos, apesar de representarem apenas 10% do mercado brasileiro de smartphones, um em cada quatro celulares roubados ou furtados em 2023 era um iPhone.

Usuários de celulares Samsung são as maiores vítimas, com 37,4% dos casos envolvendo aparelhos da marca, seguidos pelos dispositivos da Motorola, que estão presentes em 23,1% das ocorrências. Este dado é coerente com as vendas, já que Samsung e Motorola lideram o mercado de smartphones no Brasil. A maioria dos roubos, 78%, ocorre em vias públicas como calçadas e praças. Quanto aos furtos, 44% também acontecem em vias públicas, 14% em estabelecimentos comerciais e 13% dentro de residências.

O anuário aponta ainda que, em São Paulo, 71,4% dos furtos acontecem em vias públicas, enquanto no Mato Grosso essa proporção é de 15,7%. A capital paulista também enfrenta um problema crescente com gangues de bicicletas ou motos, que atacam vítimas nas ruas, muitas vezes visando aparelhos desbloqueados para facilitar invasões a aplicativos bancários e transferências de recursos. Para reduzir o risco de furtos, recomenda-se não deixar o celular em bolsos traseiros ou compartimentos acessíveis e usar o aparelho em locais mais seguros, como dentro de estabelecimentos comerciais.