Por Wagner Albuquerque
A partir desta sexta-feira (21), moradores do hemisfério norte poderão observar um raro evento astronômico conhecido como “grande paralisação lunar”. Esse fenômeno, que ocorreu pela última vez há 18 anos, envolve a Lua nascendo e se pondo nas posições mais extremas ao norte e ao sul no horizonte. Durante a paralisação lunar, a Lua aparece mais ao nordeste e desaparece mais ao noroeste, permanecendo mais tempo visível no céu.
O fenômeno, também chamado de lunistício, acontece quando a Lua e a Terra atingem sua inclinação máxima. A diferença entre o nascimento e o poente lunar prolonga a presença da Lua no céu, justificando o termo “paralisação lunar”. Este movimento é parte do ciclo lunar de 18,6 anos e coincidirá neste fim de semana com o solstício de inverno no hemisfério sul e o solstício de verão no hemisfério norte.
A paralisação lunar ocorre porque a Lua não segue o mesmo plano de órbita dos outros planetas do Sistema Solar. Enquanto a Terra gira em torno do Sol com uma inclinação de 23,4 graus, a Lua orbita a Terra com uma inclinação de 5,1 graus em relação ao plano da eclíptica. Isso faz com que a Lua nasça e se ponha em uma faixa de 57 graus no horizonte, variando mais ao norte e ao sul do que o Sol.