Por Wagner Albuquerque
Na última terça-feira (18), o trágico acidente que provocou a implosão do submarino Titan, desenvolvido pela empresa OceanGate, completa um ano. A embarcação era ocupada por cinco tripulantes e mergulhava em busca dos destroços do Titanic, quando tudo aconteceu. Apesar da comoção pública, as investigações sobre o episódio ainda estão longe do fim, segundo as autoridades norte-americanas.
Desde o mês de julho do ano passado, a OceanGate suspendeu suas operações e removeu seus conteúdos das redes sociais, como Instagram e Youtube, enquanto colabora e aguarda o encerramento da análise da implosão do submarino no Oceano Pacífico, feita pela Guarda Costeira dos EUA.
Entre os possíveis fatores que podem ter colaborado com o acidente (ainda não confirmados), está o fato do veículo classificado como submersível ter adotado um design não convencional. Outro ponto é que a embarcação não passou por verificações independentes, algo considerado como padrão na indústria.
Caso do submarino que implodiu
Para relembrar o caso, o submarino Titan desembarcou rumo aos destroços do Titanic, que fica a uma profundidade de 3.800 metros, no dia 18 de junho de 2023, numa manhã de domingo.
Nas primeiras horas da viagem turística, foi reportada a perda de comunicação com o navio Polar Prince. Aqui, vale mencionar que, diferente de outros submarinos, o veículo era dependente do contato com pessoas na superfície para realizar a sua rota.
Sem localização e outros sinais do veículo, a Guarda Costeira dos EUA concluiu que o submarino foi destruído e que as cinco pessoas a bordo morreram, durante o processo de implosão. Entre a tripulação, estavam:
- Shahzada Dawood, empresário e bilionário paquistanês;
- Suleman Dawood, filho de Shahzada;
- Hamish Harding, empresário e bilionário britânico;
- Paul-Henry Nargeolet, piloto e ex-comandante da Marinha Francesa;
- Stockton Rush, diretor-executivo e fundador da OceanGate.
Causa da implosão do submarino?
Até o momento, sabe-se que o submarino sofreu uma implosão — o veículo colapsou sobre si mesmo, de forma oposta a uma explosão. Entretanto, ainda não são conhecidos os fatores que provocaram isso.
Segundo o canal ABC News, o Conselho de Investigação Marinha da Guarda Costeira afirmou que descobrir o que aconteceu com o submarino levará mais tempo do que o inicialmente previsto e que este é um “esforço complexo e contínuo”.
“Estamos trabalhando em estreita colaboração com nossos parceiros nacionais e internacionais para garantir uma compreensão abrangente do incidente”, pontua o presidente do conselho, Jason Neubauer.