Por Wagner Albuquerque
O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou a contratação de uma empresa para monitorar em tempo real os conteúdos sobre a Corte e seus perfis nas redes sociais. Este monitoramento será realizado por meio de um contrato de licitação, conforme estipulado no edital publicado em 14 de junho, com um valor máximo de R$ 344.997,60.
O serviço contratado incluirá a produção de relatórios diários, semanais, mensais e um eventual plano de ação estratégica. Esses relatórios devem conter análises detalhadas das mensagens, identificação de influenciadores e a repercussão dos temas. Além disso, alertas sobre assuntos com grande potencial de repercussão serão enviados à equipe do STF por e-mail, SMS ou WhatsApp, com sugestões de ações imediatas.
A empresa responsável também deverá identificar o tipo de público, formadores de opinião, discursos predominantes e a localização geográfica das postagens. Além disso, será necessário apresentar gráficos indicando o crescimento ou redução dos termos monitorados, analisados por filtros de busca como rede social, palavra-chave, assunto, data de publicação e perfil. As postagens serão classificadas por “análise automática de sentimento” em positivas, negativas ou neutras.
O processo de contratação ocorrerá via licitação, onde as empresas interessadas deverão comprovar capacidade técnica para prestar serviços de monitoramento com análise de mensagens e geração de alertas, com atualização em tempo real. A medida é justificada pelo STF devido ao grande interesse público e ao número expressivo de seguidores da Corte nas redes sociais: 400 mil no Instagram, 458 mil no YouTube e 2,7 milhões no X (antigo Twitter).
Redes sociais que serão monitoradas
Ao todo, sete redes sociais serão monitoradas, além de conteúdos presentes em blogs:
- X (antigo Twitter)
- Youtube
- Flickr
- TikTok
- Blogs
STF e Big Techs
A iniciativa acontece em um momento em que o Tribunal investe no combate à desinformação e a ataques. As plataformas digitais aceitaram integrar o Programa de Combate à Desinformação do STF.
No início deste mês, o STF fechou um acordo com grandes empresas donas das redes contra a desinformação. Google, YouTube, Meta, TikTok, Kwai e Microsoft aderiram ao acordo, mas o X, de Elon Musk, ficou de fora.