Por Douglas Ferreira
A decadência do centro comercial de Teresina atingiu um ponto crítico, afetando gravemente tanto os moradores quanto os comerciantes da região. Apesar dos esforços contínuos do Sindicato dos Lojistas e da CDL em buscar soluções junto à Prefeitura e aos órgãos de segurança do Estado, até agora pouco foi realizado para combater o problema. A deterioração é evidente, com lojas fechando diariamente e as poucas que resistem sendo alvo constante de assaltos e furtos.
Um grupo de moradores e comerciantes, cansados de esperar por soluções governamentais, decidiu se unir para buscar alternativas. Nesta segunda-feira,17, o grupo lançou a Associação SOS Centro, com o objetivo de enfrentar a situação. Entre suas demandas estão a maior segurança, a desocupação de prédios públicos abandonados que servem de abrigo para moradores de rua e criminosos, e a redução do IPTU.
Uma das iniciativas mais inovadoras do grupo é o “arrombômetro”, um mecanismo para contabilizar e divulgar os arrombamentos ocorridos na área central da cidade. Este levantamento visa chamar a atenção das autoridades para a gravidade da situação.
“Estamos sofrendo. Cada um aqui é assaltado repetidamente, toda semana. Só na última semana, meu consultório foi arrombado três vezes, além das outras vezes anteriores. Basta!” desaba a médica e empresária Lúcia Santos.
“Criamos o SOS Centro para mostrar o tamanho do sofrimento que estamos passando. Vamos exigir segurança imediata e medidas urgentes das autoridades e do Ministério Público. Do jeito que está, não dá!”, relata.
O Sindicato dos Lojista vê com bons olhos a iniciativa. O presidente do Sindilojas, Tertulino Passos, diz que, “toda ação que visa a melhoria das condições de moradia e trabalho no centro comercial de Teresina é sempre bem vinda”. Entretanto, Tertulino chama a atenção para a politização do problema. “Uma coisa é a mobilização para a cobrança das autoridades, porém não podemos misturar com política partidária”, concluiu.