Por douglas Ferreira
O Pix, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil, revolucionou a vida financeira dos brasileiros. Disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, ele permite transferências de recursos entre contas em questão de segundos, tornando-se rapidamente uma peça fundamental na economia digital do país.
Desde seu lançamento, o Pix se estabeleceu como a segunda forma de pagamento mais utilizada no Brasil, ficando atrás apenas do cartão de crédito. Em 2023, uma pesquisa da Worldpay revelou que 30% das transações no comércio eletrônico foram feitas via Pix, um crescimento impressionante de 49% em relação ao ano anterior.
A tendência é que essa popularidade só aumente. Projeções indicam que a modalidade de pagamentos de conta a conta (A2A), que inclui o Pix, deverá crescer 27% entre 2023 e 2027. Se essa previsão se concretizar, o Pix poderá se tornar o principal meio de pagamento no e-commerce brasileiro, representando metade das transações, superando o cartão de crédito, que ficaria com 27%.
A velocidade e a conveniência do Pix são grandes atrativos, reduzindo o abandono de carrinhos de compra. Além disso, muitos comerciantes oferecem descontos de até 20% para pagamentos via Pix, como destaca Aciane Marino, Diretora de Finanças e Controladoria da The Sharp Fintech Consultoria. “Oferecer o Pix como opção de pagamento amplia as alternativas para os clientes e beneficia os comerciantes com taxas de transação mais baixas em comparação com cartões de crédito e débito. Isso permite que aumentem suas margens de lucro ou repassem as economias aos consumidores através de preços mais baixos”, explica Aciane.
No cenário global, apenas 7% do valor transacionado no e-commerce foi feito através de sistemas A2A em 2023. No entanto, o sucesso do Pix está impulsionando essa modalidade em toda a América Latina. Países como Colômbia e Peru já registram mais de 20% dos gastos online utilizando pagamentos de conta a conta.
A adoção crescente do Pix está transformando a forma como as transações são realizadas, promovendo eficiência, segurança e inclusão financeira. “Espera-se que o Pix continue a impulsionar o crescimento do comércio digital e a fortalecer a economia do país nos próximos anos”, projeta Aciane.
Em suma, o Pix não só facilita a vida dos consumidores brasileiros, mas também abre novas oportunidades para comerciantes e fortalece a economia digital do país, configurando-se como uma inovação que veio para ficar.