Por Douglas Ferreira com informações AFP
As declarações e relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) têm gerado cada vez mais polêmica, especialmente no contexto do conflito israelense-palestino. Um recente relatório de uma comissão da ONU acusou Israel de cometer crimes contra a humanidade, enquanto classificou os atos do grupo terrorista Hamas como crimes de guerra, o que gerou uma resposta contundente da diplomacia israelense.
Acusações contra Israel
O relatório da comissão de investigação da ONU, divulgado em 12 de junho, acusa Israel de crimes contra a humanidade, especificamente de “extermínio, assassinato, perseguição de gênero contra homens e meninos palestinos, transferências forçadas, atos de tortura e tratamentos desumanos e cruéis”. A comissão concluiu que esses crimes foram cometidos como parte de ataques em larga escala contra a população civil palestina.
A embaixadora de Israel nas instituições da ONU em Genebra, Meirav Shahar, criticou duramente o relatório, acusando a comissão de “discriminação sistemática” e de seguir uma agenda política voltada contra Israel.
Acusações contra o Hamas
No mesmo relatório, a comissão também acusou os grupos armados palestinos, incluindo o grupo terrorista Hamas, de cometerem ‘crimes de guerra’ desde o início do conflito em 7 de outubro. Estes crimes incluem ataques contra civis, assassinatos, tortura e violência sexual. A presidente da comissão, Navi Pillay, destacou a necessidade de responsabilizar todos os envolvidos pelos crimes cometidos.
Reações e consequências
A embaixadora israelense afirmou que o relatório tenta justificar os ataques terroristas do Hamas, não mencionando o terrorismo de longa data e os lançamentos contínuos de foguetes contra Israel. A guerra, que começou em 7 de outubro com um ataque do Hamas que matou 1.194 pessoas e sequestrou 251 no sul de Israel, resultou em uma resposta militar de Israel que deixou mais de 37 mil mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do governo de Gaza, liderado pelo Hamas.
Questões de Direito Internacional
A comissão da ONU pediu a Israel e ao Hamas que interrompam imediatamente as hostilidades e respeitem estritamente o direito internacional. A comissão também destacou que as autoridades israelenses foram acusadas de obstruir as investigações, negando acesso a Israel e aos territórios palestinos ocupados.
Conclusão
O relatório da ONU sobre o conflito Israel-Hamas destacou graves acusações contra ambas as partes, gerando forte reação e debates sobre a legitimidade e imparcialidade das conclusões. As alegações de crimes contra a humanidade e crimes de guerra sublinham a complexidade e a gravidade das ações no conflito, reforçando a necessidade de uma abordagem justa e rigorosa na busca por responsabilidade e justiça.