Por Douglas Ferreira
As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul têm se mostrado implacáveis, deixando um rastro de destruição e desespero. Em uma reviravolta climática constante, o nível do Guaíba subiu vertiginosamente, aumentando 43 cm em apenas 6 horas nesta segunda-feira, 3, ultrapassando novamente a cota de inundação. Essa instabilidade tem sido uma verdadeira “gangorra” para os moradores locais, que enfrentam uma batalha contínua contra as águas.
A situação é alarmante e sombria, com o número de vítimas fatais atingindo a marca de 172. Além das perdas humanas, os danos materiais são incalculáveis, afetando famílias, comércios, indústrias, agricultura e o setor de serviços. A população enfrenta desafios iminentes, enquanto a gestão estadual, sob o comando do governador Eduardo Leite, se vê diante de uma crise sem precedentes.
O governador expressou preocupação com a possibilidade de demissões no serviço público gaúcho, destacando a necessidade urgente de assistência do governo federal para honrar os salários dos servidores. Em uma coletiva nesta segunda-feira, Leite fez um apelo ao governo federal por recursos e medidas de apoio, enfatizando que a situação exige uma resposta imediata e eficaz.
Além disso, a perda significativa na arrecadação pública, estimada em até R$ 10 bilhões, coloca o Estado em uma situação financeira precária. Com 475 municípios atingidos pela tragédia e mais de 2 milhões de pessoas afetadas, a escala do desastre é impressionante e requer uma ação coordenada e abrangente para mitigar o sofrimento e reconstruir as comunidades atingidas.