Por Douglas Ferreira
Desde que passou a ter suas decisões amplamente discutidas em diversos espaços públicos, como mercados, feiras, praças, ônibus e metrôs, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido submetido ao escrutínio do cidadão comum. O que antes poderia passar despercebido pelos pagadores de impostos hoje é alvo de avaliação por parte do brasileiro médio. E, ao que parece, a postura dos ministros do STF não está recebendo aprovação generalizada. De acordo com uma pesquisa da PoderData, a avaliação positiva da Corte Suprema caiu de 31% para 14%, uma queda significativa e preocupante.
A pesquisa indica que 42% dos brasileiros avaliam o trabalho do STF como “ruim” ou “péssimo”, um aumento considerável em relação ao ano anterior. Apenas 14% consideram o trabalho como “ótimo” ou “bom”. Outros 33% classificam como “regular” e 11% não souberam responder.
O período em que a avaliação positiva da Corte aumentou coincidiu com a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro, que frequentemente criticava o STF. No entanto, após os ataques antidemocráticos de janeiro de 8, a reação rápida do STF parece ter diminuído a intensidade das críticas. No entanto, novos conflitos entre a Corte e o Congresso Federal, especialmente sobre questões sensíveis como aborto, marco temporal e legalização da maconha, podem ter contribuído para a recente queda na avaliação do STF.
A pesquisa foi realizada por telefone, entrevistando 2.500 pessoas em 211 municípios nas 27 unidades da federação, entre os dias 25 e 27 de maio, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um intervalo de confiança de 95%.