Por Cleber de Deus – PhD em Ciência Política e Consultor Político
A política é repleta de “segredos” que jamais podem ser revelados. O uso de informação privilegiada pode ser utilizado para se montar estratégias com intenções positivas e republicanas ou que minem as bases de uma competição mais equânime entre postuladores aos cargos em disputas. Uma promessa não cumprida da democracia é jamais revelar às ações invisíveis dos atores políticos.
Diante disso, a sucessão municipal teresinense apresenta um quesito de suma importância: o uso estratégico de fontes e dados próprios dum partido, sendo manipulado por adversários tentando cooptar ou minar quaisquer bases de sustentação de candidatura com potencial de vitória. Tal tese suscita o delicado debate da relação entre política e moral na esfera pública.
Tal polêmica emergiu pela razão segundo a qual determinado partido recorre a métodos antirrepublicanos objetivando suprimir à candidatura possuidora de maior potencial de vitória em 2024. Coordenadores de campanhas alçaram cargos em outras instâncias usando desta metodologia. Diz-se que dados privilegiados foram trocados por sinecuras em âmbito estadual.
Porém, competirá ao eleitorado teresinense decidir se quer referendar a submoralidade vigente, ou escolher caminhos menos tortuosos do conviver social. Dito em prosa, se optará pelo coronelato cujo fundamento é manter o status quo travestido de moderno, ou será feita opção por certas alternativas dotadas de recuperar Teresina do caos e evitar nova catástrofe eleitoral.