Por Douglas Ferreira
A Universidade Federal do Piauí (UFPI) finalmente aderiu à greve geral dos professores das universidades federais, um mês e meio após a deliberação da Andes Nacional. A decisão veio após uma assembleia geral extraordinária conduzida pela Associação dos Docentes da UFPI (ADUFPI) em várias localidades, incluindo Teresina e as regionais de Bom Jesus, Picos e Floriano. A paralisação das atividades na UFPI está agendada para começar na próxima segunda-feira, 3 de junho de 2024.
Os números da votação refletem o consenso entre os docentes. Em Teresina, 155 votaram a favor e 25 contra. Em Bom Jesus, o apoio foi de 26 votos a favor, 7 contra e 1 abstenção. Floriano registrou 24 votos a favor, sem nenhuma oposição e 1 abstenção. Enquanto em Picos, 23 apoiaram a greve, 4 se posicionaram contra, e houve 1 abstenção. Ao todo, 228 votaram a favor da greve, 36 contra, e 3 abstiveram-se.
Os encaminhamentos da assembleia incluíram a formação de um comando de greve na UFPI, além da seleção de uma delegada e três suplentes para o comando nacional de greve: Escolástica Santos (como delegada), Marli Clementino, Geraldo Carvalho e Waldílio Siso (como suplentes).
A decisão de aderir à greve surgiu em resposta à falta de progresso nas negociações com o governo federal em relação à campanha salarial de 2024. Isso, após a aprovação de uma greve nacional pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN) em 15 de abril.
Os professores, juntamente com os funcionários técnico-administrativos, estão reivindicando uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria. Além disso, a reestruturação das carreiras, recomposição do orçamento e reajuste dos auxílios e bolsas dos estudantes.
A paralisação dos servidores técnico-administrativos da UFPI já está em curso desde 11 de março deste ano. Uma greve que afeta significativamente o funcionamento de diversos setores da instituição.