Por Douglas Ferreira
Na manhã desta terça-feira (14), o Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) do Piauí lançou a Operação Draco 117, com o objetivo claro de desarticular uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuava em várias cidades do Estado, incluindo São Raimundo Nonato, Bom Jesus, Canto do Buriti, Demerval Lobão e Campo Maior. A ação resultou na execução de 27 mandados de busca e apreensão, além de 17 mandados de prisão contra membros de facções envolvidos em diversas práticas criminosas, como homicídios, tráfico de drogas e roubos.
De acordo com o diretor do DRACO, delegado Charles Pessoa, os alvos dessa operação têm relação direta com os recentes casos de homicídios registrados este ano em São Raimundo Nonato. Entre eles, destacam-se o duplo homicídio ocorrido em fevereiro, onde as vítimas foram brutalmente amarradas e executadas a tiros, e o assassinato de Gleidson Roberto Araújo Santos, encontrado em um campo de futebol no bairro Santa Luzia. Além disso, um homem foi cruelmente esquartejado, queimado e enterrado no quintal de uma residência no bairro Umbelina.
A operação contou com o apoio crucial da Delegacia Especializada no Combate à Facções Criminosas Homicídios e Tráfico de Drogas (DFHT) de Picos, da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), do Departamento de Roubo e Furto de Veículos (DRFV), da Diretoria de Operações de Trânsito (DOT), da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC) e da Força Tarefa de Parnaíba, juntamente com as delegacias das cidades de Oeiras, Paulistana, São João do Piauí, Canto do Buriti, Campo Maior e o BOPAER da Polícia Militar do Piauí.
De um lado é louvável a ação da Secretaria da Segurança Pública no combate às organizações criminosas e ao crime organizado; por outro, chama a atenção a proliferação das facções criminosas no Estado do Piauí. Foi-se o tempo em que PCC, CV e Bonde dos 40 agiam apenas na capital e nas grandes cidades do interior.
Pelo que se observa de Cristalândia, no extremo Sul do Piauí a Cajueiro da Praia, no litoral, as facções estão dominando e impondo o terror e o medo. Essas facções criminosas não se limita ao tráfico de drogas, mas ‘tocam o terror’ ameaçando e coagindo a sociedade piauiense. Destaca-se também a forma violenta com que esse grupos criminosos costumam executar os membros de facções adversárias.
De forma impiedosa ele decepam, esquartejam e queimam os corpos de concorrentes ou traidores. Isso é o que se vê praticamente todos os dias. Ações como esta da DRACO são importante e necessária para dar um freio e um basta em tamanha violência.