Por Douglas Ferreira com informações exame.
O Brasil é reconhecido como um terreno fértil para empresas de grande porte. Mas quais são as marcas mais valiosas do país e de quais setores elas fazem parte? De indústrias a serviços, essas marcas tiveram um crescimento de 4%, ultrapassando a marca de US$ 82 bilhões, conforme relatado pelo Instituto Kantar.
O setor financeiro lidera o BrandZ 2024, com o Itaú ocupando o primeiro lugar entre as 50 empresas listadas no total. Nove marcas estrearam nesta pesquisa da Kantar.
Na última quarta-feira, 13, a Kantar, uma consultoria especializada em dados e insights, divulgou o ranking BrandZ, revelando as marcas mais valiosas do Brasil em 2024. O valor de mercado combinado das 50 empresas listadas na pesquisa ultrapassa US$ 82,80 bilhões, refletindo as percepções de investidores e consumidores, com um aumento de 4% nos últimos dois anos.
Pelo terceiro ano consecutivo, o Itaú lidera o ranking, com um valor de marca de US$ 7,4 bilhões, representando 8,9% do total do ranking. Em segundo lugar está a Brahma (US$ 6,6 bilhões), seguida pela Skol (US$ 5,8 bilhões) e Claro (US$ 5,7 bilhões).
Para chegar a esses resultados, o relatório BrandZ Top 50 Marcas Brasileiras Mais Valiosas considerou as opiniões de 10.800 entrevistados sobre 396 marcas em 27 categorias.
De acordo com Milton Souza, diretor geral da divisão de insights da Kantar no Brasil, “as marcas brasileiras mais fortes abrangem diversas categorias, desde Vestuário e Cerveja até Cuidados Pessoais e Serviços de Viagem, o que ajuda a equilibrar a classificação para garantir que ela seja menos suscetível às oscilações econômicas”.
Onze empresas de serviços financeiros contribuem com 30% do valor total da marca no Top 50, com o Banco do Brasil sendo o que mais cresceu (nº 15; US$ 1,6 bilhão), subindo sete posições com um aumento de 55% em dois anos.
Segundo o relatório, o setor financeiro no Brasil está passando por uma transformação com a chegada de fintechs que priorizam o digital, como o Nubank (5º lugar; US$ 4,6 bilhões), e um número crescente de clientes que optam por soluções digitais.
Como resultado, bancos tradicionais como o Itaú e o Banco do Brasil estão investindo em novas tecnologias e experiências do cliente para se manterem à frente da concorrência.
O relatório também destacou nove novas marcas no ranking, incluindo a Localiza (US$ 3,1 bilhões), que teve a melhor estreia na 8ª posição. Com 50 anos de existência, a empresa de locação de veículos inovou com novos aplicativos e serviços, impulsionando a evolução de seu modelo de negócios.
Com a rápida evolução tecnológica nos setores bancário e de pagamentos, quatro novas marcas de serviços financeiros entraram no ranking, incluindo a SulAmérica (nº 19; US$ 1,2 bilhão), Rede (nº 27; US$ 1,0 bilhão), PagBank (nº 46; US$ 359 milhões) e C6 Bank (nº 49; US$ 314 milhões).
Duas outras novas marcas de Tecnologia e Serviços ao Consumidor também estrearam no ranking pela primeira vez: Unidas (21ª posição; US$ 1,2 bilhão) e Movida (33ª posição; US$ 752 milhões).
Além disso, a marca global de chinelos Havaianas (35ª posição; US$ 711 milhões), que vende seus produtos em mais de 130 países, fez sua primeira entrada no Top 50, enquanto a Leão (No.44; US$ 377 milhões), marca de chá com 120 anos, foi a única nova marca de Alimentos e Bebidas no ranking.
Embora os brasileiros expressem o desejo de serem sustentáveis, essa ainda não é uma realidade para a maioria. No entanto, os consumidores têm grandes expectativas em relação às marcas em relação ao tratamento dos trabalhadores, à inclusão e às questões ambientais.
As empresas têm a oportunidade de se conectar com os brasileiros por meio da sustentabilidade e garantir que os consumidores estejam cientes disso, evitando a prática de “greenwashing”. Neste aspecto, a Natura (12ª posição; US$ 1,7 bilhão), fabricante brasileira de cosméticos, obteve a maior pontuação em sustentabilidade.