Por Douglas Ferreira
Porto Alegre, em meio a uma crise desafiadora, enfrenta um cenário crítico com os recentes desastres climáticos. O Aeroporto Internacional Salgado Filho, vital para a conectividade da região, foi drasticamente afetado pelas inundações, resultando na suspensão tanto de pousos quanto de decolagens de aeronaves comerciais. A concessionária Fraport Brasil, responsável pela gestão do terminal, anunciou que ainda não há perspectivas para a retomada das operações, após a paralisação devido às fortes chuvas que castigaram o Rio Grande do Sul.
Essa interrupção afetou diretamente as operações das principais companhias aéreas, como Latam, Gol e Azul, que anunciaram a suspensão de voos até o dia 30 de maio. A incerteza sobre a reabertura do aeroporto gera preocupação entre os usuários, visto que a capital gaúcha enfrenta uma das piores enchentes de sua história.
A Fraport emitiu um documento oficial, o Notam (Aviso ao Aviador), estabelecendo a data limite para possíveis alterações nas operações aéreas até o final de maio. No entanto, não há garantias de que as atividades serão retomadas até então, deixando passageiros e companhias aéreas em um impasse.
Enquanto isso, as companhias aéreas estão oferecendo opções de remarcação e cancelamento sem custos adicionais para os clientes afetados, buscando minimizar os transtornos causados pela situação imprevisível. Além disso, a Azul anunciou a disponibilidade de voos extras para destinos alternativos na região, visando atender à demanda decorrente da interrupção das operações no Aeroporto Salgado Filho.
Essa crise climática no Rio Grande do Sul levou o governo federal a reconhecer estado de calamidade pública em 336 municípios, incluindo Porto Alegre. Essa medida permite a transferência facilitada de recursos federais para auxiliar as localidades afetadas por desastres, evidenciando a gravidade da situação enfrentada pelo estado, que conta com 497 municípios.