Por Douglas Ferreira
Muitos concordam com a mudança, vendo-a como uma oportunidade para se prepararem melhor, enquanto outros destacam questões humanitárias. É o caso da enfermeira Leidiana Nunes Silva, preocupada com os candidatos do Rio Grande do Sul.
Enquanto alguns comemoram o tempo extra para estudar, outros se preocupam com os custos já investidos em cursos com carga horária completa, como a Mentoria Fernanda Barbosa, citada por Leidiana Nunes.
“Felizmente, a professora Fernanda Barbosa nos assegurou que as vão continuar”, disse.
Mas, há também quem discorde com o adiamento. Carlos Alberto Teixeira, veio Bertolínia no Sul do Estado para fazer a prova em Teresina. Ele chegou à capital na manhã, desta sexta-feira.
“Eu me esforcei e me preparei para a prova, neste domingo. Tive custos para vir e agora terei que voltar a minha cidade e só depois retornar para a realização da prova. Terei outro custo que não estava dentro do meu orçamento. Mas, precisamos entender que a realidade enfrentada pelos gaúchos é cruel e que os candidatos de lá ficariam prejudicados”, relatou.
Sem uma nova data estabelecida, os concurseiros terão um período prolongado para se preparar melhor. A ministra da Gestão, Esther Dweck, enfatizou que a realização das provas no RS se tornou inviável devido às condições climáticas, e que a nova data será definida nas próximas semanas.
O adiamento das provas só foi anunciado no início da tarde desta sexta-feira, 3. No início da manhã o governo estava reticente quando a adiar o concurso. Mas a pressão geral, sobretudo, nas redes sociais levou o governo a voltar a trás.
O adiamento afeta o “Enem dos Concursos”, que concentra em uma única prova os concursos autorizados para seleção de servidores públicos em diversos órgãos federais. Com 6.640 vagas em disputa e candidatos distribuídos em 3.665 locais de prova em 228 cidades, a nova data será anunciada com base nas condições climáticas e logísticas em todo o país.