Pouco antes das 15 horas desta quinta-feira, 15, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ligou para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avisando que a Polícia Federal faria uma busca e apreensão no gabinete do senador Marcos do Val (Podemos/ES).
Conforme apurou Oeste, a Polícia do Senado também comunicou o senador sobre a chegada da PF às dependências da Casa. Diante disso, Pacheco determinou que a Polícia e a Advocacia do Senado acompanhassem as diligências em Brasília.
A PF usou carros descaracterizados para realizar as diligências. O ministro teria pedido uma operação discreta. Depois de mais de duas horas no gabinete de Marcos do Val, os agentes saíram carregando um malote.
A operação foi deflagrada por ordem do ministro. Além do gabinete dele na Casa, a polícia foi à casa do parlamentar em Brasília e à residência dele no Espírito Santo. O parlamentar não está na capital federal, mas no Espírito Santo.
Ele estaria comemorando seu aniversário, que acontece hoje. Moraes determinou ainda que a PF ouça o senador o mais rápido possível para apurar a suposta obstrução da Justiça — razão da realização da operação.
Há dois dias, o senador usou o perfil no Twitter para divulgar documentos então sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência. Na quarta-feira 14, Marcos do Val fez uma publicação afirmando que as decisões do ministro são “anticonstitucionais” e que caberia aos senadores “fiscalizar, afastar e até ‘impeachmar’ ministros do STF”. Agora, no entanto, o Twitter do senador foi bloqueado em cumprimento da ordem contra o parlamentar.
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Fonte: Revista Oeste