Quem está familiarizado com a rotina da Grande Natal, no Rio Grande do Norte, composta por suas nove cidades conurbadas, está ciente do significativo aumento da violência urbana ao longo da última década. A Noiva do Sol, uma das cidades turísticas mais populares e graciosas do Nordeste, lamentavelmente figura em uma posição preocupante no ranking das cidades mais violentas do Brasil.
Natal ocupa a 28ª posição, tendo registrado 569 homicídios em 2022. Em março de 2023, a capital do RN foi alvo de uma série de ataques perpetrados por facções criminosas. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes atingiu 13,5%, sendo a oitava maior do país. Em meio a esse cenário, ninguém se sente seguro.
Apenas para ilustrar a gravidade da situação, em menos de um mês, dois advogados foram vítimas de assassinato no Rio Grande do Norte. Em 30 de janeiro passado, a advogada Brenda Oliveira e seu cliente, suspeito de envolvimento em um homicídio, foram mortos a tiros após deixarem a delegacia onde o caso havia sido registrado, na cidade de Santo Antônio (RN), a 70 quilômetros de Natal.
Veja o vídeo:
Na última madrugada, ocorreu o assassinato da segunda advogada. Andrea Teixeira e o namorado foram baleados dentro de um condomínio no bairro de Nova Parnamirim, na cidade de Parnamirim, na região metropolitana de Natal. O crime ocorreu no início da madrugada e foi capturado por uma câmera de segurança instalada no local.
Segundo Polícia Civil, as vítimas são a advogada Andreia da Silva Teixeira, de 44 anos, e Lenivaldo César de Castro, de 52 anos.
O crime ocorreu por volta das 0h40 em um condomínio de casas na avenida Maria Lacerda Montenegro. Conforme relatado pela Polícia Militar, o casal foi abordado em frente à porta da residência da mulher, enquanto desembarcavam do veículo.
De acordo com relatos policiais, o autor do crime chegou ao condomínio em um sedã de cor escura. Quando as vítimas retiravam objetos do porta-malas do carro, o assassino se aproximou rapidamente e efetuou os disparos.
No local foram encontradas cápsulas de munição calibre 12.
A Polícia Civil suspeita, inicialmente, que o crime possa ter sido motivado por questões passionais. A investigação está a cargo da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Parnamirim.