Por Douglas Ferreira
O posicionamento de Lula em favor do Hamas e suas críticas a Israel e ao povo judeu têm gerado uma série de reações e debates intensos. Enquanto políticos da oposição e até mesmo alguns aliados do governo, como o senador Jacques Wagner, condenam firmemente as declarações do ex-presidente, uma parte da esquerda e membros do governo brasileiro têm demonstrado apoio a Lula.
O ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, saiu em defesa de Lula, enquanto a deputada Gleisi Hoffmann chegou a chamar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de “fascista”. Por outro lado, Celso Amorim, assessor do presidente, sugeriu que Netanyahu “deveria pedir desculpas”.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, do Piauí, também se pronunciou em apoio a Lula, defendendo suas declarações. Ele afirmou que o presidente “está correto”, endossando assim a posição antissemita expressa por Lula.
Dias não só concordou com as declarações de Lula, mas também elogiou o presidente, destacando que o Brasil apoia esforços por um cessar-fogo na região, dado o impacto dos conflitos sobre os civis em Gaza.
A polêmica teve início quando Lula comparou “os ataques de Israel ao Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto” nazista, um dos episódios mais sombrios da história. O presidente afirmou que os palestinos estão sendo alvo de um “genocídio” e defendeu a criação de um Estado palestino na Organização das Nações Unidas (ONU).
Essas declarações causaram repúdio não apenas no Brasil, mas também internacionalmente. Líderes políticos e organizações da sociedade civil criticaram fortemente as comparações feitas por Lula, considerando-as inapropriadas e ofensivas. Os Estados Unidos e a Alemanha já se pronunciaram discordando da fala de Lula.
Apesar das críticas e da repercussão negativa, Lula, hoje ‘persona non grata’ a Israel, mantém sua posição, respaldado por parte da esquerda brasileira e por alguns membros do governo, o que tem gerado um intenso debate sobre as relações diplomáticas do Brasil e o posicionamento em relação ao conflito entre Israel e Palestina.