Por Douglas Ferreira
Com mais de 24 horas de atraso, o Ministério da Educação finalmente se pronunciou, nesta sexta-feira, 2, sobre a falha na divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada – Sisu. No entanto, as explicações oferecidas pelo MEC não foram consideradas justificativas pelos estudantes afetados. Centenas, possivelmente milhares, continuam a enfrentar tristeza, frustração e decepção em decorrência do ocorrido.
Importante ressaltar que o reconhecimento do erro pelo MEC só ocorreu após a repercussão negativa que levantou dúvidas sobre a seriedade e lisura do processo.
Entenda:
O MEC, admitiu que os resultados do Sisu foram divulgados “de maneira indevida” em 30 de janeiro. Reconheceu que durante 25 minutos, as listas de aprovados no site não estavam corretas.
A página do Sisu saiu do ar imediatamente e foi republicada em 31 de janeiro, com as classificações definitivas, distintas das exibidas anteriormente. Isso resultou na descoberta de alguns candidatos, que inicialmente comemoraram a aprovação, de que haviam “perdido” a vaga.
O MEC afirmou: “O que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos da manhã do dia 30 de janeiro. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada”.
A pasta não esclareceu se medidas serão tomadas para reparar a frustração desses alunos, declarando apenas que eles, assim como os não aprovados, podem manifestar interesse em participar da lista de espera até 7 de fevereiro.
“A segurança do sistema está garantida, e os resultados oficiais não serão modificados,” assegurou o MEC.
O que ocorreu
Em resumo, o ocorrido foi o seguinte: o resultado do Sisu estava programado para ser divulgado em 30 de janeiro. Alguns estudantes conseguiram visualizar a lista de aprovados na manhã daquele dia, até que a página ficou instável e saiu do ar. Às 20h do mesmo dia, o MEC informou que identificou problemas técnicos (que problemas técnicos foram esses?) e adiou a divulgação para 31 de janeiro.
Quando as listas definitivas foram divulgadas, a classificação estava diferente da exibida anteriormente. Estudantes aprovados na véspera descobriram que não haviam conquistado a vaga. Em 2 de fevereiro, o MEC admitiu a divulgação indevida de resultados provisórios.