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Publicado em: 2 fevereiro 2024 às 10:26 | Atualizado em: 2 fevereiro 2024 às 11:25

Nordeste - Eleições legitimas?

Pouco mais de um ano após as eleições que definiram os rumos dos governos e da gestão administrativa dos estados, já estamos novamente em campo para agora escolher os vereadores e prefeitos dos nossos municípios. Eleições por aqui está mais para uma brincadeira de mau gosto, com o exclusivo propósito de legitimar os “eleitos” ilegitimamente. É mais uma guerra entre “facções” politicas para a perpetuação no poder.

Aqui no Nordeste, essas eleições já refletem os projetos de muitos políticos, quase a totalidade deles, para as eleições de 2026. Pensar mesmo na população, nas cidades e no bem estar social dessas comunidade é o que menos importa. Quem com suas faculdades mentais em dia acredita que foi mesmo a vontade popular que colocou nos palácios nordestinos os governadores e a nossa triste representação parlamentar no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas dos Estados?

O que prevaleceu nas eleições de 2022 aqui no nordeste foi mesmo a força do dinheiro fácil comprando apoio de pseudos representantes populares. Muitos recursos financeiros foram depositados nos bolsos dos que mantém currais de eleitores semianalfabeto sem as mínimas condições de decidir seu próprio voto, sem condições de diferenciar o certo do errado, o correto do incorreto, o melhor do pior, conduzidos por pessoas que não querem saber de desenvolvimento social e humano, A preocupação principal dessas pessoas é exclusivamente com o próprio bolso.

Diante desse quadro, como será possível a renovação politica? Como oxigenar as casas parlamentares das cidades nordestinas e os palácios dos gestores estaduais e municipais com pessoas de cabeças arejadas e realmente comprometidas com o desenvolvimento económico e social de sua gente? Como faremos para dá oportunidade a quem de fato tem o propósito de servir suas comunidades? Como inserir nesse ambiente tão importante que impacta diretamente nossas vidas, pessoas que tenham o propósito de servir na politica partidária como um missão?

Se não avançarmos para uma mudança radical de parâmetros no sistema de educação implantado atualmente nas escolas brasileiras, especialmente nas escolas nordestinas, que foquem exclusivamente pela qualidade do aprendizado, que excluam as amarras doutrinárias que estão à décadas infestando o ambiente escolar, desde o ensino fundamental até as faculdades privadas e os campus universitários, inexoravelmente vamos continuar piorando como sociedade. Esse cenário só é favorável para aqueles, que são sempre os mesmos, que sobrevivem exclusivamente às custas dos cofres públicos. São conhecidos os “parlamentares” do Piauí por exemplo, que nunca plantaram um pé de maxixe, nunca deram um dia de trabalho em lugar nenhum. No entanto, são “senhores” milionários, que ostentam suas “riquezas” por onde passam.

O poder de escolha deve ser sempre da sociedade. Essa falácia de que estamos diminuindo as diferenças entre as classes sociais no nosso Brasil de hoje, é coisa para enganar os menos informados. Só construiremos uma sociedade mais igual – para não usar expressões muito comum hoje em dia mas que são expressões com o propósito exclusivo de enganar, através da educação e do trabalho, da expansão da produção de bens e serviços.

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, onde os representantes políticos dessas sociedades primam em servir suas comunidades como missão dada pelo povo, o que observamos é uma sociedade mais politizada e que aprendeu e sabe separar e colocar fora do poder de decisão, aqueles que querem apenas tirar proveito pessoal dos cofres públicos.

Que nos sirva de lição na hora de escolher nossos representantes políticos. Temos uma boa oportunidade para começar essa mudança de parâmetros agora em 2024.