Por Wagner Albuquerque
Todos reconhecemos que a riqueza da linguagem humana é surpreendente, porém, muitas vezes, negligenciada em nosso país. O português, belo e desafiador, é, ao mesmo tempo, menosprezado por seus próprios falantes. Recentemente, deparei-me com a palavra: misandria, uma descoberta que me intrigou profundamente, não apenas pelo termo em si, mas também por seu significado. Vamos explorar o que essa palavra representa?
Significado:
O termo misandria é real e antiquíssimo, misandria (do grego μισέω, “odiar”, e ἀνήρ, “homem”) é o ódio, desprezo ou preconceito contra homens, ou meninos. Contrapondo a misoginia, “misândrico”, “misandrista” ou “androfóbico” são formas adjetivas. Contudo, a misandria continua a ser uma designação pouco conhecida. Atualmente, devido ao avanço dos movimentos feministas, o termo tornou-se sinônimo de Androfobia (androfobia deriva do grego andras (homem) e phobos (medo). Podemos caracterizá-lo como um distúrbio psicológico que gera um medo irracional, constante e intenso em relação aos homens). A misandria pode se manifestar de várias formas, incluindo discriminação sexual, difamação dos homens, ódio, medo, raiva e desprezo.
Etimologia:
Misandria tem origem no grego μισέω, “odiar”, e ἀνήρ, “homem”, indicando a qualidade de odiar homens. A palavra foi utilizada pela primeira vez em 1871 pela revista The Spectator, sendo incluída no dicionário Merriam-Webster’s Collegiate em 1952.
Descartabilidade masculina:
O ativista Warren Farrell escreveu sobre seus pontos de vista sobre como os homens são exclusivamente marginalizados no que ele chama de descartabilidade masculina, a maneira pela qual as ocupações mais perigosas, notadamente militares e de mineração, foram historicamente realizadas exclusivamente por homens e assim permanecem até hoje. Em seu livro, The Myth of Male Power, Farrell argumenta que as sociedades patriarcais não fazem regras para beneficiar os homens às custas das mulheres. Farrell argumenta que nada é mais revelador sobre quem se beneficiou das “regras dos homens” do que expectativa de vida, que é menor em homens e as taxas de suicídio, mais altas em homens.
Os professores de Estudos Religiosos Paul Nathanson e Katherine Young fizeram comparações semelhantes em sua série de três livros de 2001 Beyond the Fall of Man, que se refere à misandria como uma “forma de preconceito e discriminação que se tornou institucionalizada na sociedade norte-americana”, escrevendo: “O mesmo problema que há muito impediu o respeito mútuo entre judeus e cristãos, o ensino de desprezo, impede agora o respeito mútuo entre homens e mulheres.”