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Publicado em: 24 novembro 2023 às 17:07 | Atualizado em: 24 novembro 2023 às 17:08

No clube dos bilionários: o sucesso de dois brasileiros no Vale do Silício nos EUA

Por Douglas Ferreira

Pedro Franceschi e Henrique Dubugras ficara bilionários precocemente – Foto: Brex/Divulgação

Poucas empresas criadas por brasileiros alcançaram sucesso tão rapidamente nos Estados Unidos como a Brex, que oferece cartões de crédito corporativos, softwares de gestão de despesas e atua como um banco para startups. Fundada em 2017, a Brex tornou-se um unicórnio, uma designação para empresas avaliadas em pelo menos 1 bilhão de dólares, apenas seis meses após seu lançamento.

Seu modelo de negócios, centrado em um software avançado de gerenciamento de despesas que ajusta os limites de crédito com base nos saldos de caixa e receita, conquistou clientes ávidos por inovação. E em curto espaço de tempo tornou-se uma referência em serviços financeiros no Vale do Silício.

A Brex foi eleita pela CNBC ( Consumer News and Business Channel, é um canal por assinatura da NBCUniversal dedicado a notícias de negócios), como a segunda empresa mais disruptiva dos Estados Unidos, ficando atrás apenas da OpenAI, a criadora da inteligência artificial ChatGPT. Recentemente, a revista Time reconheceu a Brex como uma das 100 empresas mais influentes do país. Henrique Dubugras, CEO da empresa, descreve a Brex “como uma combinação de fintech e empresa de software”.

A trajetória de Dubugras e Franceschi é marcada por talento precoce. Dubugras fundou sua primeira empresa, uma desenvolvedora de videogames, aos 14 anos. Franceschi, aos 12 anos, foi a primeira pessoa no mundo a desbloquear o iPhone 3G e, aos 15, ensinou a Siri a falar português.

Os dois se conheceram em um fórum no Twitter sobre criação de softwares, o que resultou na sociedade. Fundaram a Pagar.me, uma empresa de meios de pagamento online, ainda menores de idade, atraindo inicialmente 1 milhão de reais de investidores. Em 2016, a Stone, uma empresa consolidada na indústria financeira, adquiriu a startup da dupla.

Decidiram, então, arriscar nos Estados Unidos, abandonando os cursos de ciência da computação na Universidade Stanford para fundar a Brex. Hoje, lideram um negócio avaliado em 12 bilhões de dólares.

Jovens empreendedores, como Dubugras e Franceschi, optam pelo exterior devido aos ecossistemas que valorizam a inovação, observa Felipe Matos, vice-presidente da Associação Brasileira de Startups. Apesar da discrição que caracteriza muitos bilionários, Dubugras fez uma exceção ao fechar parte de Fernando de Noronha para sua festa de casamento, orçada em 10 milhões de reais, um luxo para quem faz parte do seleto clube dos bilionários.