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Publicado em: 8 janeiro 2024 às 08:00 | Atualizado em: 7 janeiro 2024 às 19:40

2024: O ano revolucionário da inteligência artificial - quatro tendências que transformarão o futuro tecnológico

Por Douglas Ferreira

A expectativa é que a IA seja continuamente atualizada e aprimorada – Foto: Reprdoução

Sem sombra de dúvidas, o ano de 2024 será notável pelo avanço da Inteligência Artificial (IA). Presente em praticamente todos os setores, como produção, pesquisa, economia, mercado financeiro, engenharia, jornalismo, educação, saúde e segurança pública, a IA conquistou seu espaço de forma surpreendentemente rápida. Daqui para frente, espera-se que a IA seja continuamente atualizada e aprimorada. Não fique de fora das próximas tendências de mercado em inteligência artificial para 2024.

Confira agora:

Tecnologia em ascensão: Previsões de especialistas indicam que a tecnologia se manterá em alta ao longo do ano, seguindo a trajetória ascendente que marcou 2023.

O ano de 2023 foi fortemente dominado pelo tema da inteligência artificial, com o crescimento do ChatGPT e o lançamento de várias plataformas baseadas em IA generativa. Até dezembro, a tendência continuava com o lançamento do Gemini, modelo de IA do Google.

Em 2024, a evolução no cenário de desenvolvimento da IA é esperada. O Insider compilou quatro previsões com base na análise de especialistas. Veja:

  1. IA em todo lugar: Além do recente lançamento do Google, a OpenAI anunciou a inauguração de uma loja GPT, onde os usuários podem criar e vender suas próprias versões do ChatGPT. Com isso, a IA tende a se integrar cada vez mais ao cotidiano das pessoas.
    • “Com modelos como o Gemini, a acessibilidade torna-se crucial. A integração já está ocorrendo nos produtos que as pessoas usam no dia a dia. Usar conjuntos de ferramentas de IA se tornará a norma, não a exceção”, afirma Charles Higgins, cofundador da startup Tromero.
    • Apesar de ser uma opção mais cara, os modelos de código aberto também devem ganhar mais espaço em 2024. Esse modelo, gratuito para uso e modificação, ainda depende de grandes empresas, como a Meta, para treinamento.
  2. Concorrência para a OpenAI: As reclamações dos usuários em relação ao chatbot e as mudanças na liderança, com a saída e renomeação de Sam Altman como CEO, abalaram a posição dominante da OpenAI no setor. Nesse cenário, plataformas de IA de concorrentes, como Google, Microsoft e até mesmo a Grok, de Elon Musk, estão ganhando espaço.
    • “Qualquer que seja o drama, há uma rachadura na armadura deles agora”, aponta Higgins. “Isso abalou o barco, e acredito que outros grandes players certamente estão tentando se destacar e tirar vantagem”, complementa.
  3. Disputas de direitos autorais: Ao longo de 2023, surgiram diversos processos de autores e bancos de imagens contra plataformas de IA generativa. A questão ética e legal em torno do treinamento de máquinas com dados que incluem conteúdos protegidos por direitos autorais trouxe desafios significativos.
    • Proibições de uso desses dados podem impactar as empresas do setor, dificultando o treinamento de modelos complexos. A maioria dos países ainda não definiu decisões claras sobre o assunto, e espera-se que, em 2024, ocorram uma ou duas decisões que ajudarão a esclarecer as diretrizes.
    • Andres Guadamuz, professor de direito de propriedade intelectual na Universidade de Sussex, prevê que, caso essas empresas continuem perdendo processos, o desenvolvimento da IA pode ser afetado. Nesse caso, a tendência seria a instalação da tecnologia em países mais flexíveis.
  4. Regulamentação da IA: Embora a legislação não acompanhe tradicionalmente o desenvolvimento de novas tecnologias, espera-se que, com a IA impactando diversos setores e gerando repercussões nos conteúdos gerados, haja uma aceleração nas regulamentações.
    • “Existem muitas iniciativas regulatórias que parecem sensatas em um nível elevado, mas os detalhes reais de implementação são cruciais e ainda estão pendentes, não foram testados”, comenta Vincent Conitzer, professor de ciência da computação na Universidade Carnegie Mellon.
    • Para Guadamuz, é fundamental que a intervenção regulatória ocorra prontamente, em vez de esperar que questões problemáticas cheguem aos tribunais.